As exportações de carne suína do Brasil, considerando os produtos in natura e processados, totalizaram o recorde mensal de 109,2 mil toneladas em março, informou nesta quinta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), puxadas por um salto nos embarques dos produtos à China.
O volume supera em 51,5% as vendas externas de carne suína registradas no mesmo período do ano anterior, quando foram exportadas 72,1 mil toneladas, disse a entidade em nota.
Com os embarques de março, a receita atingiu 261,7 milhões de dólares, alta de 57,6% no ano a ano.
“É o maior volume mensal de exportações já registrado pela suinocultura do Brasil, e reforça a expectativa de novo recorde nas vendas totais para o ano… sem desabastecer o mercado doméstico”, afirmou no comunicado o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
No acumulado do primeiro trimestre, as exportações de carne suína totalizaram 253,5 mil toneladas, avanço de 21,86%. O faturamento do período alcançou 594 milhões de dólares, alta de 22,4%.
A China foi destino de 58,7 mil toneladas da proteína em março (+64,6%), e de 132,9 mil toneladas no trimestre (+36,5%). Em segundo lugar, Hong Kong importou 17,5 mil toneladas em março (+49,9%) e 37,3 mil toneladas no trimestre (-6,2%)
O mercado chinês lida com uma nova onda de infecções pela peste suína africana (PSA) entre os animais. Desde 2018, a doença já dizimou metade do rebanho de 400 milhões de porcos do país asiático, o que resultou em um déficit de proteína na região.
FRANGO
As exportações totais de carne de frango, incluindo produtos in natura e processados, somaram 396 mil toneladas em março, aumento de 13,3% ante igual período de 2020 capaz de puxar a recuperação dos embarques no trimestre, que vinham no vermelho.
Entre janeiro e março, as vendas externas da proteína de frango registraram alta 1,44%, com 1,036 milhão de toneladas, contra 1,021 milhão de toneladas um ano antes.