O dólar abriu em leve alta nesta terça-feira (15), com investidores à espera das decisões de política de juros do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central do Brasil. Os anúncios ocorrerão nesta quarta-feira (16)
Às 9h05, a moeda norte-americana subia 0,06%, cotada a R$ 5,0723.
Na segunda-feira, o dólar fechou em queda de 1,13%, a R$ 5,0692. Com o resultado, acumula recuo de 2,97% no mês e de 2,27% no ano.
Cenário
Na cena externa, as atenções seguem voltadas para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). O órgão inicia nesta terça-feira a sua reunião de dois dias. A expectativa é de que o BC dos EUA não fará qualquer mudança por ora, mas investidores avaliam que o salto na inflação pode provocar uma redução dos estímulos mais cedo do que o esperado.
Na avaliação de economistas ouvidos pela Reuters, é provável que o Fed anuncie em agosto ou setembro uma estratégia para reduzir o seu programa de compra massiva de títulos, mas só deverá começar a cortar as compras mensais no início do próximo ano.
No Brasil, a taxa de juros está atualmente em 3,5% ao ano e a expectativa do mercado é que o BC anuncie na quarta-feira o terceiro aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, após a inflação ter disparado para 8,06% no acumulado em 12 meses até maio.
Segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central, os analistas elevaram de 5,75% para 6,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Com isso, a expectativa é de novas elevações dos juros nos próximos meses.
Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 recuou de R$ 5,30 para R$ 5,18. Para o fim de 2022, caiu de R$ 5,30 para R$ 5,20 por dólar.
Um cenário doméstico de juros mais altos tende a favorecer o real, segundo especialistas, uma vez que torna investimentos locais atrelados à Selic mais atraentes para o investidor estrangeiro.