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A busca do Paraná para ser o maior produtor de alimentos no mundo

Estado é o maior produtor de frangos do Brasil e só perde para Santa Catarina no abate de suínos

A busca do Paraná para ser o maior produtor de alimentos no mundo

O quinto estado mais rico do país tem no agronegócio a força de sua economia. O Paraná é o maior produtor de frangos do Brasil – que é o segundo maior produtor dessa proteína no planeta – e só perde para Santa Catarina no abate de suínos. O estado, além disso, fica atrás apenas do Mato Grosso na produção de grãos. É a pujança do agronegócio que leva o governador, Carlos Massa Ratinho Junior, a apostar que o Paraná deverá se tornar em pouco tempo o maior produtor de alimentos do planeta.

“Estamos organizando o estado para alcançar esse posto porque o mundo, no futuro, vai precisar cada vez mais de comida e o Paraná pode se destacar nesse cenário, já que ninguém produz em quantidade e em variedade como o nosso estado”, disse.

Em reunião no Palácio Iguaçu com embaixadores e cônsules da Rússia, China, Índia e África do Sul, Ratinho Junior destacou que 80% da exportação do estado é do agronegócio. “Nossa vocação é produzir alimentos. O Paraná é o maior produtor de alimentos por metro quadrado do mundo, em variedade e quantidade, e mantém um relacionamento comercial muito próximo com esses países”, ressaltou.

Segundo ele, o estado tem a possibilidade de aumentar a relação econômica com esses destinos, uma vez que é “o maior produtor de grãos, frango e proteína animal do Brasil, temos o segundo maior abate de suínos e a segunda bacia leiteira do País”. O grupo é um dos principais parceiros comerciais do estado e responde por 34,5% das exportações. As vendas externas de produtos paranaenses para os quatro países chegam a US$ 20,040 bilhões, com negócios que somam US$ 6,918 bilhões.

De acordo com Ratinho Júnior, para se destacar no fornecimento de alimentos o estado precisa resolver os gargalos logísticos e criar condições para exportar de forma mais eficiente para China, Estados Unidos, entre outros, e escoar a produção. Para isso, há vários projetos e discussões em andamento.

Um deles é a criação da ferrovia bioceânica, que ligará os portos de Paranaguá, no litoral do Estado, ao de Antofagasta, no Chile. O governador afirmou que a iniciativa já foi apresentada ao presidente Jair Bolsonaro e a ideia é que a Itaipu Binacional faça o projeto executivo e que outros países possam participar da construção da ferrovia. O embaixador da China, Yang Wanming, confirmou durante a reunião com o governador o interesse no projeto.

“Pelos nossos cálculos, com essa ferrovia conseguiremos baratear em 40% o custo logístico de exportação para a Ásia, por exemplo”, disse Ratinho Júnior. “Precisamos entregar produtos com eficiência e com preços competitivos para nos consolidarmos como referência na área de fornecimento de alimentos”, acrescentou.