Os preços do quilo do suíno vivo tem se aproximado nos estados. O levantamento da Bolsa de Suínos, feito pela Suinocultura Industrial, apontou que o menor valor do suíno é do Mato Grosso, onde o quilo fechou em R$ 3,65 nesta semana. Já em São Paulo, o preço do suíno vivo permanece em R$ 4,53, o mais elevado entre os oito estados consultados. Nos demais estados, o quilo do animal vivo segue em um patamar pouco superior aos R$ 4.
Ao longo da última semana, houve valorização do suíno nos três maiores produtores do país. A maior elevação ocorreu no Rio Grande do Sul, onde o quilo do animal comercializado vivo chegou a R$ 4,17. Houve aumento de 4,25% sobre os R$ 4 da última semana. Os dados são da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).
Santa Catarina, por sua vez, registrou valorização de 1,5% no preço do quilo do animal vivo. Nesta semana, o valor chegou a R$ 4,07 ante os R$ 4,01 do último dia 29 de março. As informações são da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS).
No Mato Grosso, onde o quilo do suíno é o mais barato, ocorreu valorização de 2,82%. No dia 29 de março, o animal comercializado estava em R$ 3,55. Agora, o quilo está em R$ 3,65, conforme a Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat). Em Goiás, o suíno permanece em R$ 4,40.
Dois estados registraram desvalorização do suíno desde o dia 29 de março. A maior queda foi em Minas Gerais, onde o quilo do animal vendido vivo passou de R$ 4,40 para R$ 4,20. A redução foi de 4,55%. As informações são da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Houve redução de 0,95% ainda no Distrito Federal, com o suíno chegando a R$ 4,17, de acordo com a DF Suin.
Bolsa de Suínos contribui
A menor diferença de preços entre os valores de comercialização do suíno vivo nos estados se deve à criação da Bolsa de Suínos que reúne as associações regionais, de acordo com Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da ACCS. “A Bolsa de Suinos é importante para sabermos o número de animal comercializado por semana, a importância do mercado independente e fazer uma equalização sobre os preços”, diz.
Segundo ele, em algumas ocasiões a diferença entre o quilo do suíno na região Sul e no extremo da região Oeste chega a 50 centavos. “Quando a gente transforma no animal, são R$ 50, é uma diferença muito grande”, afirma ele. Assim, a Bolsa de Suínos unificada contribui para a redução das diferenças, que se deve a fatores como o custo do frete e de impostos em cada estado.
Outro fator que contribuiu para a menor diferença de preços nos suínos, de acordo com o presidente da ACCS, foi o crescimento das exportações. Losivanio aponta que Santa Catarina respondeu por 55% das exportações dessa proteína no primeiro trimestre. Com isso, os demais estados também tiveram aumento da procura para atender ao mercado doméstico, o que resultou em valorização de preços.