A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (05/03), a nova fase da Operação Carne Fraca, a terceira fase da investigação, chamada de “Operação Trapaça” tem como alvo um suposto esquema de fraudes descoberto na empresa BRF, gigante do setor de carnes e processados.
Em nota, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que os procedimentos da Defesa Agropecuária (SDA) a partir de ação conjunta com a Polícia Federal será a suspensão do credenciamento dos laboratórios alvo da operação, até finalização dos procedimentos de investigação, que poderão resultar no cancelamento definitivo do credenciamento.
Ainda, de acordo com o Mapa, haverá a suspensão dos estabelecimentos envolvidos para exportar a países que exigem requisitos sanitários específicos de controle e tipificação de Salmonella spp. Além disso, o ministério irá implementar medidas complementares de fiscalização, com aumento de frequência de amostragem para as empresas envolvidas, até o final do processo de investigação.
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De acordo com o Jornal O Globo, as empresas investigadas burlavam a fiscalização preparando amostras, através dos laboratórios investigados, com o objetivo de esconder a condição sanitária dos lotes de animais e de produtos, evitando, assim, uma medida corretiva restritiva do Serviço Oficial. O alvo principal desta operação é a fraude nos resultados de análises laboratoriais relacionados ao grupo de bactérias Salmonella spp.
Desde as 6h são cumpridos 91 mandados decretados pela Justiça Federal do Paraná, informou a Exame. A ação foi chamada de Operação Trapaça. Onze pessoas estão com ordem de prisão temporária e 27 de condução coercitiva. Os policiais cumprem ainda 53 mandados de busca e apreensão em unidades da BRF – dona da Sadia e da Perdigão.
