A paralisação dos caminhoneiros trouxe efeitos para o setor de avicultura de postura não só no curto prazo, avalia o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. É porque com o bloqueio de muitas rodovias, produtores de ovos consultados pelo não têm recebido os principais insumos utilizados para o andamento das atividades, como ração e embalagens. Com isso, ficou difícil conseguir escoar a mercadoria.
“Os prejuízos acumulados ao longo desses dias de greve podem, inclusive, ter seus reflexos estendidos para o médio prazo”, afirmam os pesquisadores. Isso porque a falta de ração nas granjas levou à perda de poedeiras, o que tende a reduzir a oferta de ovos nos próximos ciclos de produção – novos lotes de pintainhas levariam cerca de 20 semanas para começar a botar ovos comerciais.
Os analistas do Cepea ressaltam que, antes da paralisação, o setor já vinha adotando medidas para controlar a oferta de ovos.