O Brasil encerrou janeiro com US$ 923 milhões de saldo positivo nas operações de comércio exterior, conforme dados apresentados nesta segunda-feira (1º) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
O resultado foi obtido a partir da diferença entre exportações de US$ 11,246 bilhões e importações de US$ 10,323 bilhões.
É o primeiro resultado positivo para meses de janeiro em cinco anos e o melhor para esse mês desde 2007, quando, na época, o superávit havia sido de US$ 2,5 bilhões.
Na avaliação do diretor de Estatística e Apoio à Exportação do Mdic, Herlon Brandão, com essa largada positiva, a balança comercial mostra chances de chegar ao fim deste ano com superávit robusto.
“O Ministério do Desenvolvimento espera por superávit de US$ 35 bilhões para 2016. E começamos com uma trajetória compatível com essa expectativa de US$ 923 milhões em janeiro e isso deve se ampliar ao longo dos meses”, avaliou o diretor.
Economistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central esperam por um resultado ainda melhor, de US$ 37,900 bilhões.
Em 2015, a balança comercial gerou um saldo positivo nas operações de comércio exterior de US$ 19,681 bilhões.
A tendência, segundo Brandão, é que os saldos positivos aumentem nos próximos meses, principalmente a partir da colheita da safra agrícola brasileira.
Preço e volume
As exportações de janeiro de US$ 11,246 bilhões ficaram 13,8% menores frente a janeiro de 2015.
A queda ocorreu em função dos baixos preços das commodities internacionais, considerando que os volumes embarcados subiram 8,4% em relação a janeiro do ano passado.
Mesmo com a redução global das exportações, em alguns itens específicos país registrou aumento de volume e de receita como nas vendas de automóveis, aviões, plásticos e calçados, celulose, alumínio, soja e milho em grão, carne entre outros.
Já as importações, no total de US$ 10,323 bilhões, ficaram 35,8% menores em relação às importações de janeiro de 2015, num recuo associado à desaceleração do mercado interno.
Nesse item destacam-se as quedas nas compras no exterior de combustíveis e lubrificantes, máquinas e equipamentos e de bens de consumo.