O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi informou nesta segunda – feira (01/08) liberará a importação de 1 milhão de toneladas de milho proveniente dos Estados Unidos. A notícia foi dada para representantes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e agroindústrias produtoras e exportadoras de aves e de suínos do setor. Além dos EUA, o grupo foi informado pelo Ministério que há oferta de 2,5 milhões de toneladas no Paraguai e de mais de 15 milhões de toneladas na Argentina, que poderão ser importados pelas empresas.
A informação foi repassada durante encontro de um comitê de crise constituído por empresas associadas à ABPA, com o objetivo de debater ações emergenciais frente à crise vivida pelo setor com as altas superiores a 100% dos preços do milho neste ano, além da escassez do insumo em diversos polos de produção.
“Os Estados Unidos estão colhendo uma grande safra e tem excedentes consideráveis. Além disto, as estimativas de preços de compra feita por lá são mais atraentes do que o praticado em nosso mercado interno, ou mesmo junto aos países do Mercosul. Será um grande alívio para todo o setor”, destaca Turra.
De acordo com a ABPA, a autorização informada pelo Ministro Blairo vigorará até outubro deste ano.
Neste contexto, conforme o presidente da ABPA, Francisco Turra, a colheita do cereal no Brasil, que vem superando as previsões da Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab), também deverá reduzir a pressão sobre o custo de produção. Outro alento são as notícias que indicam a expansão da área de plantio de milho no Brasil para a próxima safra.
“Não queremos que se gere entraves a quem exporta, criando tarifas ou qualquer restrição. O setor busca, apenas, o equilíbrio de mercado com o livre acesso aos insumos, seja pela compra interna ou pela importação. A Secretaria de Política Agrícola e o próprio Ministro têm sido muito proativos, apoiando nosso setor, que é exportador produtos com valor agregado, com aumento de limites de venda a balcão, monitoramento de estoques, além de viabilizar a aproximação entre produtores brasileiros de insumos e indústrias. O Governo está preocupado com a elevação dos preços das proteínas ao consumidor, o que é inevitável diante dos atuais patamares de custos”, conclui.