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Acordo de Paris

Regulamentação do Código Florestal e técnicas sustentáveis de produção contribuem para redução da emissão de poluentes, diz CNA

Após, ratificação do Acordo de Paris, entidade avalia que setor agropecuário tem plenas condições de liderar este processo

O governo brasileiro ratificou, nesta segunda-feira (12/09), sua adesão ao Acordo de Paris, firmado no final do ano passado para conter o aquecimento global. O pacto, assinado pelo presidente da República, Michel Temer, oficializa o compromisso do Brasil em contribuir, junto com outros países, com a manutenção de aumento médio da temperatura mundial abaixo de 2°C. Pelo Acordo, o país deve reduzir as emissões de gases poluentes em 43% até 2030, em relação aos níveis de poluição de 2005. Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o setor agropecuário tem todas as condições de liderar este processo no país, desde que haja celeridade em alguns pontos considerados fundamentais para concretizar a redução.

Segundo o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, três questões são fundamentais para que o país consolide suas metas de redução de emissão de gases e contribua para frear o aquecimento global. Uma delas é a regulamentação do Código Florestal, primeiro com a adesão dos produtores ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a implementação do Programa de Regularização Ambiental (PRA). Em sua avaliação, o Brasil precisa, também, de políticas públicas para fomentar a recuperação de áreas degradadas e estimular a prática de técnicas de baixa emissão de gases poluentes e de sequestro de carbono, além de mudar o parâmetro atual de medição de poluentes.

“O Brasil já é exemplo de técnicas de baixa emissão de gases. Mas estes pontos vão nos ajudar a dar a resposta que o país tem condições de dar a este desafio”, destacou Ananias. Ele lembrou que o país já adota metas voluntárias de redução de emissões e que, com o Acordo de Paris, essas metas serão oficializadas. Até agora, 27 países já aderiram ao pacto, que começa a valer em 2020. Para entrar em vigência, no entanto, o acordo precisa da ratificação de 55 países que respondam por mais de 55% das emissões de gases poluentes no mundo. Os países que fizeram o pacto no fim de 2015 também se comprometeram a criar um fundo para financiar países em desenvolvimento no cumprimento de suas metas e a criar um mecanismo de revisão de metas globais a cada cinco anos.