A cesta básica subiu 0,63% em março, no comparativo com fevereiro, no Vale do Paraíba e alcançou pela primeira vez o custo médio de R$ 1,3 mil. A alta na região foi puxada principalmente pelos preços do ovo, da cebola e do frango.
Os dados são do Núcleo de Pesquisas Econômico Sociais (Nupes) da Universidade de Taubaté (Unitau) e foram divulgados nesta terça-feira (14).
O levantamento de preços é feito em supermercados de quatro cidades da região: São José dos Campos, Taubaté, Caçapava e Campos do Jordão. A compra considera itens de alimentação, higiene pessoal e limpeza.
A cesta básica mais cara foi a de Campos do Jordão, vendida por R$ 1.312,56 e a mais barata a de Caçapava por R$ 1.293,69. A diferença da variação entre as cidades – menor e maior custo – diminuiu foi de 1,46% no mês passado.
Apesar do aumento nos preços, a alta de março ficou abaixo da inflação oficial para o mês medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 1,32% – a maior alta registrada nos últimos 20 anos para março. Na região, a alta de 0,63% é a menor desde julho do ano passado, quando houve retração.
Vilões
Segundo o levantamento, o preço do ovo subiu 22,7%, atribuído ao uso do produto em substituição à carne durante a quaresma. A cebola subiu 17,2% e o aumento está relacionado a baixa oferta do produto no sul do país, o que elevou as importações do produto mais caro da Argentina.
O preço do frango subiu 13,9% e o aumento no preço do produto está ligado a desvalorização do real frente ao dólar que provocou aumento nos preços internacionais do produto e dos insumos no processo de produção.
Avaliação
Segundo o economista do Nupes, Luiz Carlos Laureano da Rosa, a expectativa é que os custos caiam neste mês, mas ele condiciona a queda ao preço dólar, que influencia diretamente no valor de alguns alimentos.
Além disse, ele disse que o início das temperaturas amenas abre a safra de novos produtos. “Começando o frio, novos produtos entram na safra e ficam com o valor menor. A carne, por exemplo, está com tendência a diminuir o preço por causa da oferta maior que a procura, o abate está maior que a compra”, disse Laureano.
Sobre as dicas na hora da compra, ele recomentou fazer pesquisa de preços e substituir os produtos mais caros por itens mais baratos.