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Energia

Fábricas de celulose venderão energia suficiente para abastecer 1,3 mi de pessoas

Com as ampliações, o excedente gerado pela biomassa de eucalipto contribuirá para que o país diversifique sua matriz energética.

Fábricas de celulose venderão energia suficiente para abastecer 1,3 mi de pessoas

O Mato Grosso do Sul é uma grande opção para o país em produção de biomassa. Com a ampliação das fábricas da Fibria e Eldorado haverá um excedente de geração de energia com base em biomassa de 330 MWh, o que seria suficiente para abastecer uma cidade de 1,3 milhão de pessoas. O excedente das duas fábricas deverá ser vendido para a central energética nacional, contribuindo para a diversificação da cadeia energética do país.

Para Jaime Verruck, Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, o aumento da energia gerada a partir da ampliação da produção de energia das duas fábricas de celulose será importante para a diversificação da matriz energética do país, com base em biomassa, através das florestas de eucalipto. “Essa característica dá uma vocação ao estado também para a geração de energia por meio do cavaco. Desta forma, a energia deixa de ser um subproduto de celulose e passa a ser um produto final com as construções de usinas”, comenta.

O gerente de Recuperação e Utilidades da Eldorado Brasil, Murilo Sanches da Silva, explica que com a biomassa gerada e processada na fábrica, é possível gerar em torno de 80 toneladas/hora de vapor. “Tudo o que é produzido é 100% reaproveitado na caldeira de biomassa e transformado em energia”, explica.

De acordo com o Painel Floresta, a capacidade instalada da empresa atualmente é de 220 Megawatts, mas é produzido 170 megawatts/hora de energia de base sustentável, ou seja: biomassa. Parte dessa energia é utilizada para alimentar a fábrica – em torno de 95 megawatts – e o restante da energia é vendida para duas empresas que atuam dentro da fábrica e para o mercado.

De acordo com o presidente da Eldorado Brasil, José Carlos Grubisick, com a ampliação, a empresa passará a fabricar 328 megawatts/hora, consumirá – junto com outras empresas – 155 megawatts/hora, e seu excedente será de 170 megawatts/hora, o que deverá ser direcionado a central energética nacional para distribuição. Essa quantidade de energia será capaz de sustentar uma cidade com 700 mil habitantes.

A Fibria/MS informou que no início de 2013 elevou sua produção de energia excedente, após autorização da Aneel, de 30 para 50 megawatts/hora. Isso foi possível a partir de pequenas correções no projeto original da fábrica, possibilitando maior aproveitamento da biomassa sólida gerada no processamento da madeira. Com isso, a empresa saiu de uma geração de 120 para, aproximadamente, 140 megawatts/hora.

Desse total de energia, 90 megawatts/hora abastece a produção da Fibria e da InternationalPaper, e o excedente é disponibilizado no Sistema Nacional. Esse excedente é suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 200 mil habitantes. Agora, com a ampliação, a Fibria gerará 385 megawatts/hora e terá um excedente de 160 megawatts/hora, contribuindo para o balanço energético brasileiro.