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Brasil, líder na produção de soja

Os fortes ganhos na produtividade da Soja devem garantir ao Brasil uma safra recorde de 200 milhões de toneladas e tornar o país o maior produtor mundial do grão, ultrapassando os Estados Unidos neste ano.

Brasil, líder na produção de soja

Os fortes ganhos na produtividade da Soja devem garantir ao Brasil uma safra recorde de 200 milhões de toneladas e tornar o país o maior produtor mundial do grão, ultrapassando os Estados Unidos neste ano. Nem mesmo os problemas climáticos em algumas regiões e a Infraestrutura deficiente devem afetar as previsões, divulgadas ontem pelo Ministério da Agricultura e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“Podemos chegar a 95 milhões de toneladas. É um número significativo”, disse o ministro da Agricultura, Antônio Andrade. “O Brasil está ocupando o espaço que lhe é devido, respeitado como um dos maiores produtores de alimentos do mundo”, acrescentou. O quarto levantamento da safra 2013/2014, de 196,7 milhões de toneladas, representa aumento de 5,2% em relação ao anterior, com registro de 186,9 milhões de toneladas. No caso da Soja, o crescimento é de 10,8% e produção estimada de 90,3 milhões de toneladas. A área total plantada, contudo, terá expansão menor, de 4%, conforme a Conab. “Essa diferença aponta que nossos produtores estão conseguindo ganhos de produtividade expressivos”, ressaltou Andrade.

O presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos, explicou que questões climáticas e inovações tecnológicas estão promovendo o ganho de produtividade na Soja. “Por isso, é bem possível que a nossa estimativa inicial seja superada” garantiu Santos. “Quando anunciamos o Plano safra, queríamos chegar a 190 milhões de toneladas. Superamos essa expectativa e chegamos a 197 milhões. Agora, estamos trabalhando duramente para chegar a 200 milhões de toneladas”, ressaltou Andrade.

Já a primeira safra do Milho terá uma redução de 5,9%, caindo das 34,8 milhões de toneladas em 2012/2013 para 32,8 milhões de toneladas na próxima safra. Uma seca de quase 15 dias no Rio Grande de Sul, no Oeste de Santa Catarina e no Paraná afetou a floração do grão. “Para a Soja, o efeito do veranico foi o contrário”, explicou Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. O problema tem sido maior devido ao preço e à migração de alguns agricultores, que estão preferindo plantar Soja ao Milho por causa da rentabilidade.

Apesar da colheita menor, o ministro anunciou a abertura do mercado da China para as exportações de Milho do Brasil. “Hoje, o país é o destino de mais de 50% das exportações de Soja. Agora, vai comprar também o nosso Milho”, garantiu. Há, porém, o risco de desabastecimento, que pode elevar os valores das carnes. O grão é usado para alimentar gados, frangos e Porcos. Caso falte Ração, a produção de carnes cairá e os consumidores serão prejudicados. O ministro afirmou, contudo, que o abastecimento está garantido.

Andrade lembrou que os números de exportação de carne (aves, Suína e bovina) já foram maiores em 2013 do que no ano anterior. O fato de conseguir fechar o acordo para exportar Milho para a China, disse o ministro, pode até ajudar os produtores brasileiros a conseguirem maior produtividade no grão, cujos estoques estimados em 16 milhões de toneladas para esta safra poderão baixar para os 9 milhões de toneladas registrados na safra anterior, por conta das vendas externas para o gigante asiático.