Amadurecimento e maior união da postura comercial no Brasil marcaram o XI Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos, que aconteceu em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O encontro refletiu um maior diálogo entre representantes de todos os elos da cadeia produtiva, desde os produtores, passando por fornecedores, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), até o varejo.
Este quadro também é consequência do bom momento da atividade, que conseguiu superar desafios impostos pelo mercado no ano passado e ainda entra 2013 com boas perspectivas para o preço do ovo. O presidente da Associação Paulista de Avicultura (APA), Érico Pozzer, defende que o momento, marcado pelo otimismo, contribuiu para elevar o nível dos debates. “As boas perspectivas foram positivas porque os participantes vieram ao congresso mais abertos para discutir a atividade”, avalia.
Depois de turbulências, como a disparada dos preços das matérias-primas no ano passado e finalmente a publicação da IN 36, que prevê alternativas para a exigência para telamento de galpões do tipo californiano, o setor fala mais em união e desenvolvimento da atividade. “O balanço é muito positivo, não só pelo número de pessoas participando, como também pela maior representatividade de toda a cadeia e autoridades, demonstrando maior interesse em participar das discussões e produzir cada vez melhor”, disse Pozzer.
O presidente do evento e produtor da Granja Mantiqueira, Leandro Pinto, convidou, em seu discurso de abertura, para maior unidade no segmento. “Unidos somos mais fortes, por isso eu gostaria de convidar toda a cadeia produtiva para traçar um novo rumo para avicultura de postura”.
Público recorde
Esta edição do evento também foi marcada por recorde histórico de público, com a participação de cerca de 500 pessoas, superando as expectativas dos organizadores. Além da quantidade maior de participantes, chamou atenção a presença das principais lideranças do setor, com maior representatividade do plantel brasileiro.
A combinação de elevado nível das palestras com a proximidade das cidades produtoras, facilitando o acesso do pessoal das granjas, é uma das razões do crescimento desta edição, acredita Pozzer. “Este evento é uma oportunidade para debater a cadeia como um todo, desde legislação, passando por sanidade, nutrição até comercialização. A pressão de custos vivida no ano passado também gera maior interesse em debater estratégias para minimizar o impacto e garantir rentabilidade no campo”.
O empresário e membro da comissão organizadora do congresso, Mário Nihei, alerta para um novo momento do setor. “O cenário de mercado está diferente. Diante da IN 36, hoje a postura comercial está inserida em um contexto maior em relação a regulamentação e exigências, o da avicultura brasileira, que é o maior exportador mundial de frangos de corte e segundo maior produtor. E este quadro gera mais interesse do público”.
Instituto BRF conclui seleção de ONGs em Minas Gerais para Programa de fortalecimento em gestão
Ação tem objetivo contribuir com o trabalho de organizações localizadas em regiões onde a companhia tem fábricas.
A BRF, por meio do Instituto BRF, anuncia as 58 ONGs selecionadas para participarem da primeira edição do Programa Inspira. Destas, três organizações estão localizadas na cidade de Uberlândia. Lançada em outubro de 2012, a ação tem como principal objetivo fortalecer o papel social e sustentável destas entidades no desenvolvimento das comunidades em que estão inseridas. As ONGs passarão por um treinamento em gestão institucional e receberão investimentos de até R$ 40 mil cada, para investirem em melhorias de suas administrações.
As organizações que participarão do Inspira ficam em 30 cidades brasileiras onde estão localizadas unidades da BRF ou próximo delas, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Pernambuco.
O primeiro módulo terá início em março e abordará a questão “Identidade”. Serão trabalhados temas como o perfil e missão das organizações e orientações para definição das suas diretrizes organizacionais (papel, visão e valores). O Programa terá duração de 16 meses.
Para desenvolver este trabalho, o Instituto BRF conta com a parceria do FICAS – organização sem fins lucrativos que já formou mais de 300 organizações no Brasil e em Moçambique.
“O programa terá projeção nacional, sem perder o foco local, contribuindo para aprimorar o importante trabalho que organizações sociais no interior do país já vêm realizando em prol do desenvolvimento local. Este papel das ONGs é muito relevante para a qualidade de vida e o bem-estar dessas comunidades”, afirma a diretora-executiva do Instituto BRF, Luciana Lanzoni. “Esperamos apoiar as organizações para que tenham uma gestão mais consolidada, impactando positivamente tanto nos seus resultados socioambientais como na perenidade do trabalho desenvolvido”, completa.
As 58 ONGs que serão atendidas pelo Instituto BRF foram selecionadas entre 150 entidades inscritas.