A Ipesa Silos, empresa argentina que aportou no Brasil em 2003, estima ampliar em 50% as vendas de silos-bolsa no mercado interno este ano. O bom desempenho reflete principalmente o aumento da demanda do Mato Grosso, que até 2011 era o 5º mercado da empresa, mas que a partir de 2012 passou a responder pelo maior volume de vendas da companhia. “Os problemas logísticos que vem acontecendo no Brasil levaram o agricultor a investir em novas maneiras de armazenagem e o silo-bolsa atende as expectativas dos pequenos, médios e grandes”, diz Hector Malinarich, diretor da empresa.
Quando chegou no Brasil a Ipesa vendeu 350 silos-bolsa na safra 2003/2004, volume que saltou para 45 mil unidades na safra passada. “Percebemos que a demanda aumenta conforme os problemas de logística se agravam e no Mato Grosso, onde haverá uma colheita farta de milho este ano, o agricultor precisa de mais independência para definir quando vai vender a safra”, diz Malinarich.
O silo-bolsa é um produto descartável, que tem vida útil de 18 meses e resiste às mais variadas adversidades climáticas, como secas e nevascas. Com custos menores que os dos armazéns fixos, os silos móveis podem ser instalados nas propriedades rurais e custam atualmente R$ 0,50 por saca armazenada, enquanto, no Mato Grosso, por exemplo, o valor salta para R$ 1,50 por saca que produtor coloca no armazém.
Na avaliação de Malinarich, o agricultor que consegue segurar sua produção na fazenda tem mais autonomia para gerir seu negócio. “vemos que os brasileiros já enxergam o silo-bolsa como um insumo necessário para sua lavoura”, diz.