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Comentário Cepea

Valorização do dólar influencia no valor pago pela carne suína

É o maior valor desde outubro de 2008.

O valor recebido em Reais pela carne suína embarcada continua sendo impulsionado pela valorização do dólar nos últimos três meses. Em agosto, o preço médio do produto embarcado foi de R$ 6,27/kg, 5,7% mais alto que o de julho e 20,6% superior ao de igual período do ano passado. Segundo pesquisadores do Cepea, é o maior valor desde outubro de 2008, quando a economia mundial passava pelo auge de uma crise financeira e a moeda norte-americana também estava valorizada.

Os embarques também têm crescido, mas não em ritmo suficiente para alcançar o mesmo volume de 2012. Para encerrar 2013 ao menos com a mesma quantidade de carne suína exportada no ano passado, de 499 mil toneladas, ainda é necessário exportar 207 mil toneladas entre setembro e dezembro, marca que nunca foi atingida neste período.

No mercado brasileiro, pesquisas do Cepea mostram comportamentos distintos de preços entre as regiões. No Sul, o suíno vivo se desvalorizou nos últimos sete dias (de 29 de agosto a 5 de setembro). O Indicador do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ do Rio Grande do Sul teve queda de 1,1% no período, passando para a média de R$ 2,76/kg nessa quinta-feira. Em Santa Catarina, o quilo do animal passou a ser comercializado às médias de R$ 2,87 e, no Paraná, de R$ 3,05, pequenas baixas de 0,7% e 0,3%, respectivamente.

Em Minas Gerais, os preços permanecem praticamente estáveis – para o Indicador, o aumento foi de 0,3% em sete dias, com a média passando para R$ 3,65/kg na quinta. A Bolsa daquele estado ficou em aberto, tendo em vista que produtores de frigoríficos não chegaram a um acordo no dia 5 – o preço sugerido foi de R$ 3,80/kg, mas levantamentos quanto a negócios efetivos estão sendo realizados pela equipe do Cepea.

Já em São Paulo, as cotações do animal vivo subiram nos últimos dias, após o cenário de estabilidade da semana anterior. O Indicador de São Paulo registrou alta de 1,2% entre 29 de agosto e 5 de setembro, passando para a média de R$ 3,35/kg nessa quinta. Segundo colaboradores do Cepea, a oferta de animais em peso ideal para abate esteve restrita nesta semana, dando suporte às cotações. Na segunda-feira, a Bolsa do Estado de São Paulo “Mezo Wolters” havia fechado no intervalo de R$ 65,00 a R$ 66,00/@ (R$ 3,47 a R$ 3,52/kg vivo). Até a quinta-feira, na região denominada SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), levantamentos do Cepea registraram negócios entre R$ 64/@ (3,41/kg) e R$ 65,5/@ (3,49/kg). Nessa sexta, os valores negociados chegaram a R$ 66/@ (R$ 3,52/kg).

No atacado paulista, frigoríficos relatam dificuldade em repassar os aumentos do vivo para a carne. No atacado da Grande São Paulo, o preço médio da carcaça comum suína apresentou ligeiro aumento de 0,2% em sete dias, passando para R$ 5,06/kg nessa quinta-feira. Para a carcaça especial, houve leve queda de 0,7%, a R$ 5,21/kg.

 

Indicadores de Preços do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ

Carcaça

Comum

 

MG

SP

PR

SC

RS

SP

29/ago

3,64

3,31

3,06

2,89

2,79

5,05

05/set

3,65

3,35

3,05

2,87

2,76

5,06

Var. Semanal

0,3%

1,2%

-0,3%

-0,7%

-1,1%

0,2%

Preço recebido pelo produtor (R$/Kg), sem ICMS
Fonte: Cepea/Esalq.

Para mais informações, acesse: www.cepea.esalq.usp.br/suino