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Exportação

Japão libera mais um frigorífico catarinense para exportar carne suína

O governo japonês habilitou mais um frigorífico catarinense a exportar carne suína de Santa Catarina para o Japão: o Frigorífico Catarinense, de Grão Pará.

Japão libera mais um frigorífico catarinense para exportar carne suína

O governo japonês habilitou mais um frigorífico catarinense a exportar carne suína de Santa Catarina para o Japão: o Frigorífico Catarinense, de Grão Pará. O anúncio foi feito pelo Adido Agrícola na Embaixada do Brasil em Tóquio – Japão, Gutemberg Barone de Araújo Nojosa, ao secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, nesta sexta-feira (4). Agora Santa Catarina possui nove estabelecimentos habilitados a exportar carne suína para o Japão: BRF (Campos Novos e Herval D’Oeste), Seara (Seara e Itapiranga), Pamplona (Rio do Sul e Presidente Getúlio), Aurora (Chapecó), Frigorífico Catarinense (Grão Pará) e o Sul Valle (São Miguel do Oeste).

De acordo com o secretário João Rodrigues, essa era uma notícia aguardada pelo Estado e que demonstra a qualidade do agronegócio catarinense. “Historicamente, os japoneses só importavam carne suína quando todo o país de origem possuía o status de área livre de aftosa sem vacinação, mas foi aberta uma exceção para Santa Catarina pela qualidade do nosso trabalho sanitário, afinal somos o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação”, lembra.

Em agosto, chegou ao Japão o primeiro container carregado de carne suína procedente de Santa Catarina. A carga da Seara, com 21 toneladas de carne suína, partiu do Porto de Navegantes no dia 13 de julho e chegou ao Japão dia 22 de agosto. A Aurora Alimentos e BRF também já enviaram seus primeiros containers para o Japão.

Santa Catarina é o maior produtor nacional de carne suína, respondendo por um quarto do total produzido no país. Da média de 800 mil toneladas produzidas por ano no Estado, o mercado internacional consome cerca de 180 mil toneladas. O Japão é o maior importador de carne suína do mundo, comprando o equivalente a 1,2 milhão de toneladas por ano, no entanto as aquisições de carne suína congelada somam 800 mil toneladas. A expectativa do Governo do Estado é de que, em uma primeira etapa, Santa Catarina responda por 10% do mercado de carne suína congelada, ou seja, cerca de 80 mil toneladas. O montante representaria um ganho da ordem de 45% nos embarques de carne suína catarinense para o exterior.

A entrada da carne suína catarinense foi autorizada pelo governo japonês em maio deste ano. Em junho, o governador Raimundo Colombo, o secretário João Rodrigues e uma comitiva de deputados e empresários catarinenses estiveram em Tóquio para oficializar a parceria.

O Brasil terá que disputar o fornecimento para o mercado japonês, hoje abastecido por Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, México e Chile. Essa competição será definida pelos aspectos técnicos de atendimento aos padrões exigidos, o cumprimento de prazos e demais condições estabelecidas nas negociações.