Os agricultores do oeste do Paraná que investiram no milho safrinha comemoraram a volta da chuva. Depois de meses de estiagem, a água chegou na fase de formação dos grãos.
Em um único dia choveu 90 milímetros, mais da metade do volume esperado para todo o mês em Cascavel, no oeste do Paraná. Desde novembro do ano passado, não chovia tanto na cidade.
Boa parte do milho da região está na fase de formação do grão, um dos períodos em que a planta mais precisa de água.
Esta pode ser a maior safrinha da história do estado. A área recorde de 1,908 milhão de hectare é 13% maior em relação ao ano passado. Muitos produtores desistiram de plantar trigo.
“Se houver qualquer tipo de geada vai pegar em cheio a cultura do milho, mas depois das chuvas registradas ultimamente, a recuperação foi bastante satisfatória. Há uma aposta muito grande do produtor no milho 2ª safra na nossa região para compensar os prejuízos do verão”, diz Jovir Esser, economista do Deral.
O agricultor João Nazari semeou a área em três etapas. Se as temperaturas caírem demais, pelo menos uma parte da produção será aproveitada, mas ele não vai conseguir escapar das variações do mercado. O preço da saca começou a baixar. “É uma colheita com preço reduzido e custo de plantio alto. Isso diminui a margem da gente”, diz.