A suinocultura catarinense é destaque nacional pela sua qualidade genética, produtividade, tecnologias tanto no campo como na indústria, o estado sempre foi destaque na criação de suínos. Em maio de 2007, Santa Catarina foi reconhecido mundialmente e certificado pela OIE, como zona livre de aftosa sem vacinação. Em novembro de 2010, o estado foi reconhecido pelos EUA, sendo considerado apto a exportar para aquele país. Tudo isso seria motivo de comemoração, senão fossem as dificuldades que o suinocultor vem enfrentando, não tendo remuneração na atividade, alto custo de produção e com dívidas que se arrastam desde o início da crise em 2006.
E com o objetivo de buscar soluções para o setor suinícola catarinense, que o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, (ACCS) Losivanio Luiz de Lorenzi, participou na última quinta-feira, 10, em Florianópolis, de uma reunião com o Secretário de Estado da Agricultura, João Rodrigues. Onde estiveram presentes também: o secretário executivo da ACCS, Ramirez Tapia, a Prefeita de Seara, Laci Grigolo, o vereador de Concórdia, Dirceu Biondo e representando o Presidente da Assembleia Legislativa, Moacir Sopelsa, o chefe de gabinete, Luiz Alberto Jacobus. Segundo o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, os suinocultores estão apreensivos e necessitam que o Governo do Estado interfira com ações emergenciais para recuperação do setor. “A suinocultura representa no PIB Estadual a principal atividade, participando de 21,43% do total, além de empregar diretamente 65 mil pessoas e indiretamente mais de 140 mil pessoas” destaca. Lorenzi diz que o encontro foi positivo e que houve comprometimento do governo com setor, ele ressalta ainda, que outra forte preocupação da entidade é em relação ao milho. “Estamos exportando milho aqui do estado com a deficiência de 2 milhões de toneladas e a produção de aves e suínos aumentando, temos que ter políticas de subsídios aos nossos produtores de milho ou suínos. Temos que mudar as políticas para não perdermos a competitividade e exportarmos o produto acabado, com maior valor agregado, a carne do que exportamos apenas a matéria prima” destaca.
A prefeita Laci Grigolo, teme consequências do enfraquecimento da atividade rural, que pode gerar aceleramento do êxodo para a área urbana, haja vista que a suinocultura é uma atividade de grande importância econômica para os municípios da região. Ela diz que o encontro foi positivo e que apoia as reivindicações feitas pela ACCS. “Sabemos que há uma preocupação e sensibilidade do governo para com a atividade e apoiamos a ACCS nas reivindicações apresentadas ao governo” destaca. Entre as ações que foram solicitadas estão: Utilização de carne suína nos órgãos Estaduais (Presídios, Polícia, Hospitais, Escolas e Creches); Isenção de Impostos para a comercialização interestadual de carne suína, fresca, resfriada, congelados e miúdos; Interferir junto ao Governo Federal e Conab para que seja remanejado com urgência, milho de outros Estados para Santa Catarina; Liberação em caráter emergencial de milho da Conab na modalidade balcão e que atenda todas as regiões consumidoras (Extremo Oeste, Oeste e Sul), com volume superior ao liberado atualmente; Agilizar a abertura de novos mercados usando o status sanitário de Santa Catarina com a Certificação da OIE.