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Commodities encaram mais volatilidade

Cotações foram jogadas para baixo pela migração de investimentos que fortaleceram o dólar em meio a novos sinais de crise econômica.

Commodities encaram mais volatilidade

Terminou na sexta-feira a mais nervosa semana nos mercados internacionais de commodities desde o debacle do banco americano Lehman Brothers, em setembro de 2008. Jogadas para baixo pela migração de investimentos que fortaleceram o dólar em meio a novos sinais desalentadores nas economias americana e europeia, as cotações de quase todos os principais produtos agrícolas também sofreram a pressão das incertezas que esses sinais transmitem ao futuro da demanda.

Entre as duas maiores referências globais para os preços agrícolas, a bolsa de Nova York, onde são transacionadas as “soft commodities”, registrou quedas maiores que a de Chicago, palco de compra e venda de contratos dos principais grãos. No mercado nova-iorquino, o café liderou as perdas. Os futuros de segunda posição de entrega da commodity encerraram a sexta-feira com variação negativa de 9,9% sobre a sexta-feira da semana anterior. Na sequência de baixas aparecem algodão (8,4%), açúcar (8,3%), cacau (5,6%) e suco de laranja (4,5%).

Com grande peso na formação dos índices inflacionários, por servirem de base para a alimentação humana e animal, os grãos também despencaram em Chicago. O milho caiu 7,6%, enquanto a retração da soja foi de 7,2% e a do trigo, de 7,1%. Espera-se que esta seja mais uma semana de forte volatilidade nos mercados, mas para alguns analistas as baixas mais graves ficaram para trás.