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Agroindústrias

Foco no boi

Minerva mantém foco em carne bovina e não planeja aquisições, apesar da movimentação no setor de carnes neste começo de mês.

A movimentação no setor de carnes neste começo de mês, com a troca de ativos entre a BRF- Brasil Foods e a Marfrig, não abalou a estratégia mais conservadora do frigorífico Minerva.

“Reafirmamos nossa estratégia de manter as operações no segmento de carne bovina. Não temos interesse na diversificação de proteínas”, afirmou o diretor financeiro, Edison Ticle, em reunião com analistas realizada ontem em São Paulo.

Para 2012, o plano é seguir reduzindo o endividamento, com maturação dos projetos iniciados nos últimos anos e investimentos enxutos. Aquisições, apenas se não implicarem novas dívidas ou desembolso de caixa, assegurou o executivo.

A previsão da companhia é que sejam mantidos apenas os aportes necessários à manutenção das operações em andamento, que atualmente giram entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões por trimestre.

No fim do terceiro trimestre, quando a companhia lucrou R$ 15,5 milhões, a alavancagem (medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda) ficou em 3,88 vezes. Para 2012, a tendência é que essa relação seja reduzida.

De acordo com o presidente do Minerva, Fernando Galetti Queiroz, a expectativa é que a fábrica do Minerva Dawn Farms, joint venture firmada com a irlandesa Dawn Farms em 2008, passe a operar com a plena capacidade até o fim do próximo ano.

Atualmente, a unidade, que processa carnes bovina, suína e de aves, está operando em dois turnos, a 60% da capacidade.

O presidente garantiu ainda que a crise na Europa e o desempenho morno da economia americana não tiram o sono da direção da companhia. Conforme Galetti, as atenções do Minerva estão voltadas para os mercados em desenvolvimento, com destaque para o Oriente Médio, que representou 25,4% das exportações do Minerva no acumulado deste ano até setembro. Europa e Estados Unidos responderam por 10,0% e 11,6%, respectivamente.

A empresa também está otimista com o desempenho do mercado interno, que representou uma fatia de 46% do faturamento no acumulado do ano até setembro. A expectativa é que a demanda siga sustentada, com redução dos preços da carne bovina para a indústria, dado o aumento da oferta de cabeças para abate.