Técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) entregaram, há pouco, proposta de certificado sanitário internacional para carne suína in natura à delegação da Administração Geral de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ). O procedimento faz parte das negociações entre os dois países para abertura de mercado ao produto brasileiro.
No documento, constam as regras sanitárias para exportação de carne suína in natura para o país asiático. Após a aprovação do certificado, o próximo passo será a habilitação de frigoríficos nacionais exportadores de suínos. Com essa finalidade, está prevista uma missão do governo chinês no segundo semestre deste ano.
O diretor geral da AQSIQ, Yu Taiwei, comprometeu- se a analisar a proposta e dar uma posição sobre o certificado em prazo de 30 dias. A Cosban segue até a manhã desta sexta-feira (16). Na pauta estão também as importações de carne bovina in natura, lácteos, gelatina, tabaco, couro e citros. Os representantes dos dois governos estão reunidos em Brasília na 2ª Sessão da Subcomissão de Inspeção e Quarentena da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban).
Comércio – Em 2008, Brasil e China assinaram um protocolo sobre carne suína. O país asiático é o maior consumidor mundial de carne suína Há dois anos, tornou-se o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, com receita de US$ 8,9 bilhões no ano passado. Esse total equivale a quase 14% dos embarques agropecuários nacionais. O principal produto exportado foi o complexo soja (US$ 6,75 bilhões), com destaque para a soja em grão (US$ 6,3 bilhões).
Frango – Os chineses importam mais de US$ 1 bilhão por ano e, desde o início dos embarques, no segundo semestre do último ano, o Brasil exportou US$ 37,6 milhões do produto. A abertura para a carne de frango foi uma das grandes conquistas comerciais do setor em 2009.