Fonte de proteína animal barata e de qualidade, a carne de frango está cada vez mais em alta no mercado mundial. Maior produtor do planeta, o Brasil vem aumentando progressivamente suas exportações.
Bom negócio
A carne de frango in natura foi o destaque das exportações brasileiras de carne em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2009. E em termos de receita a exportação de frango teve um crescimento de 26,7% no último mês, mostrando que produzir franco é, definitivamente, um grande negócio.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a receita das exportações de frango in natura somou US$ 519,4 milhões no mês passado. O resultado foi impulsionado pela alta de 6% no preço médio da tonelada embarcada, de US$ 1.665.
Paraná, destaque
O Brasil é líder mundial e o Paraná é o maior produtor nacional de frangos, vivendo um momento extraordinário. As exportações paranaenses de carne de frango estão batendo todos os recordes em 2010. E Umuarama está neste mapa.
Graças ao aquecimento do consumo mundial, o Estado tem se destacado tanto na produção quanto em faturamento nas exportações de carne de franco, alavancando a alta no setor em todo o País.
No período de janeiro a agosto, o Paraná exportou 660.805.732 quilos de carne de frango, contra 646.690.631 em 2009. Esse incremento na exportação elevou também o faturamento do setor nas vendas externas.
Hoje no Estado são 30 indústrias e cooperativas avícolas em funcionamento, responsáveis pela grande quebra de recordes de produção nesse ano. De acordo com dados do Sindicato dos Avicultores do Paraná (Sindiavipar), as expectativas de produção para 2010 serão ultrapassadas. “Tínhamos uma previsão otimista de crescimento de até 10% no ano. Já estamos entrando na reta final do ano, então possivelmente teremos resultados acima do esperado no setor”, explica o presidente da entidade Domingos Martins.
Crescimento
“Ainda temos muito o que crescer nesse setor no Paraná. Temos muito potencial a explorar ainda”, explica Martins, acrescentando que o grande desafio da avicultura neste momento é a ampliação da sua capacidade de produção. Por incrível que pareça, o desafio do Paraná não é vender, mas sim produzir carne de frango, já que o mercado mundial apresenta uma forte de tendência de ampliar o consumo.
Hoje, o Paraná exporta para 120 países, em cinco continentes, e é o maior produtor e um dos maiores exportadores de carne de frango do País.
Mercado mundial
Ampliar a capacidade de produção de frango é realmente o desafio paranaense para continuar tendo presença forte no mercado mundial, especialmente porque, a exemplo do que acontece no Brasil, a carne bovina vem perdendo terreno também na preferência dos consumidores estrangeiros.
“A demanda por proteína animal é tão grande e está crescendo tanto nos países emergentes que se tornou um problema para os produtores de carne bovina, já que não há como aumentar rapidamente a produção, como se faz com o frango, que tende a exportar cada vez mais”, analisa o ex-ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes.
Estimativas de analistas apontam avanço na demanda global por carnes em geral, mas em ritmo menor para a bovina, que tem preços mais altos que o frango, por exemplo. De acordo com estes especialistas, o consumo de carne bovina no mundo deve cair de 60,8 milhões de toneladas em 2010 para 64,5 milhões em 2020, perdendo espaço para a carne de frango.
Averama, entre os grandes exportadores
Embora muitos não saibam, Umuarama e região tem uma participação significativa na produção e exportação de carne de frango, colocando-se entre os grandes do segmento.
Segunda maior geradora de impostos no Município, a Averama é a 22ª maior exportadora de frangos do País, comercializando 2.160 toneladas mensais para países do Oriente Médio, Ásia e África.
Abatendo atualmente 70 mil aves/dia, oferecendo 1.600 empregos diretos, a empresa tem capacidade para dobrar este abate, credibilidade e mercado aberto para exportar, mas tem esbarrado no baixo crescimento da atividade de produção na região.
Com 200 produtores integrados, nas regiões Oeste e Noroeste, com 400 aviários em atividade, a empresa projeta para o próximo ano uma expansão de 100% na atual capacidade de produção