A legislação brasileira incentiva a exportação de grãos e, quando há mais espaço no mercado internacional, provoca redução na atividade industrial. O cenário, que vai na contramão da agregação de valor aos produtos antes da exportação, é mais evidente na soja.
“A soja brasileira se torna mais competitiva no mercado internacional do que o milho, que tem preços remuneradores no mercado interno e leilões governamentais que auxiliam o escoamento do produto”, afirma Aedson Pereira, analista de grãos da AgraFNP.
Uma possível quebra de safra na Argentina pode inibir o esmagamento de soja no Brasil. Em 2009, o volume processado pelas indústrias brasileiras caiu 2 milhões de toneladas, somando 30 milhões no ano, segundo Pereira. Para 2010, espera-se que o esmagamento fique dentro do normal, num cenário de preços sustentados.