Na última terça-feira (29) o Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acompanhou o abate sanitário de um lote de bovinos apreendidos no município de Terenos/MS, que estavam sendo alimentados com ingredientes de origem animal, prática proibida pela legislação brasileira. O objetivo do abate sanitário é evitar a todo custo situações que possam oferecer riscos para a saúde animal. A medida visa prevenir a ocorrência da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como a doença da “vaca louca”.
Os fiscais agropecuários da Agência Estadual de Defesa Agropecuária Animal e Vegetal (Iagro) e do Serviço de Saúde Animal da Superintendência Federal de Agricultura (SSA/SFA/MS) chegaram à propriedade suspeita mediante denúncia. Durante a fiscalização conjunta, observaram que o produtor, que também á avicultor, estava utilizando cama de aviário na alimentação de um lote de bovinos.
A ração foi coletada pelos fiscais e encaminhada para o Laboratório Oficial do MAPA (Lanagro) em Pedro Leopoldo/MG. O resultado das análises comprovou a utilização do ingrediente (cama de frango), de uso proibido pela Instrução Normativa Mapa nº 41 de 08.10.2009. A legislação prevê ainda multas pesadas para o produtor que utilizar ingredientes de origem animal na alimentação de ruminantes, além da interdição da propriedade.
O abate dos animais apreendidos será realizado em um frigorífico sob Inspeção Federal, onde serão removidos e destruídos todos os materiais (órgãos) que representam riscos de transmissão da Encefalopatia Espongiforme Bovina.
Segundo o Fiscal Federal Agropecuário, Antonio Belarmino Machado Jr. do Serviço de Saúde Animal da SFA/MS, produtos de origem vegetal, além de leite e derivados não representam risco para a doença da “vaca louca”, sendo permitidos na alimentação de ruminantes. “O que a legislação do MAPA proíbe é o uso de proteínas de origem animal, inclusive a cama de aviário e os resíduos da exploração de suínos”, concluiu Antonio.