Nesta segunda-feira (30/11), quando encerra- se a campanha de vacinação contra a febre aftosa em 17 estados e no Distrito Federal, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse, em entrevista à rádio BandNews FM, em Curitiba, que o Brasil tem, hoje, situação estável na questão sanitária. “Há três anos tínhamos problemas com a Rússia, União Europeia, Estados Unidos, Chile, África do Sul. Neste momento, ninguém fala em problemas sanitários, especialmente em aftosa”, afirmou.
O ministro da Agricultura disse também que o trabalho integrado nas fronteiras com a Argentina, Bolívia e Paraguai garante a sanidade animal no Brasil, porque evita a entrada da doença. “Acreditamos que, até meados de 2010, todo o Brasil terá status de livre da febre aftosa com vacinação. Será um grande marco. O status de livre sem vacinação, conquistado por Santa Catarina, pode se estender ao Centro Sul” , completou.
Sustentabilidade – “O setor agrícola é emissor de carbono, mas o bom manejo, aliado ao plantio direto, protege o solo e fixa o carbono na própria terra. O importante, nesse processo é reduzir a emissão de gases de efeito estufa”, ressaltou o ministro. Ele falou sobre a recuperação de pastagens degradadas, como fator de preservação do meio ambiente.
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Na pauta que o Brasil vai apresentar na 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP15), em dezembro, estará incluído projeto, com contribuição do Ministério da Agricultura, para diminuir a emissão de gases CO2 por meio de tecnologias agrícolas. O ministro explicou que o plantio direto na palha ajuda a reduzir o efeito estufa, aumenta a produtividade, preserva o solo e melhora a renda do agricultor. “Essa tecnologia nasceu na França, foi adotada pelo Canadá, mas desenvolveu- se efetivamente no Brasil, nas cidades de Rolândia e Ponta Grossa, no estado do Paraná,” destacou o ministro.
O fato de o agricultor brasileiro não pertencer a uma categoria organizada, também foi abordado por Stephanes na entrevista à BandNews. Ele lembrou que as indústrias são organizadas, articuladas e reivindicam. “Os agricultores brasileiros, que são milhões, ainda não se mobilizaram para defender seus interesses. É preciso reivindicar e participar das decisões nacionais do setor agrícola,” concluiu o ministro Stephanes.
