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Economia

Produtores e consumidores comemoram

<p>Isenção do ICMS na comercialização de suínos de Santa Catarina alegra produtores e apreciadores da carne.</p>

A isenção da alíquota do ICMS para carne suína in natura no Estado e de suíno vivo para fora de Santa Catarina alegrou consumidores e colocou um sorriso de esperança no rosto dos suinocultores.

O produtor rural Hildenor Antoniazzi, da linha São José da Barra, de Herval D’Oeste, que o diga. Ele está cansado das crises na suinocultura. Criado em uma família de produtores rurais, foi preciso deixar os suínos em função dos problemas enfrentados e se dedicar à produção de milho e outros grãos.

O antigo negócio só foi retomado há cinco anos. De lá para cá, viveram momentos difíceis na produção de 350 suínos em fase de terminação. “A crise tem se revelado a pior dos últimos tempos. É prolongada, vem um galope atrás do outro, e quando o momento dava sinais de recuperação, tivemos a gripe A. A falsa denominação de gripe suína afastou ainda mais os consumidores”.

Antoniazzi acredita que a medida beneficiará não só a suinocultura, mas o agronegócio como um todo. A esperada queda do preço para os consumidores vai gerar uma maior procura do produtor e uma melhora no custo de produção.

O suinocultor vende cada animal por R$ 18, em média. Para ser viável, o preço deveria ficar entre R$ 22 a R$ 25. Ele torce para que a isençãodo ICMS provoque um aumento no preço vendido ao produtor.

Medidas isoladas ajudam, mas não são suficientes – Para Antoniazzi, com mais de 60 anos dedicados ao agronegócio, ações isoladas sempre ajudam, mas não são suficientes para driblar os desafios do setor. “A agricultura deveria ter uma política definida de incentivos. Se algo der errado em algum produto, a gente estaria prevenido para investir em outra cultura. O ideal seria que tivéssemos um seguro de renda”, afirma.

O casal Luiz Pascolau e Ivone Weiss não dispensa a carne suína. Eles garantem que não ligaram para a falsa denominação da gripe A e mantiveram o hábito alimentar de comer a carne quase todos os dias. “É a minha carne preferida. Comemos várias vezes durante a semana e aproveito os benefícios de ser uma carne mais leve. O alimento é sagrado na nossa casa”, disse Ivone.

Os dois comemoraram a isenção do imposto e esperam que a queda no preço nos açougues e supermercados venha logo. “Tomara que abaixe o mais rápido possível, talvez passemos a inseri-la mais na dieta”, completou Ivone.