Redação AI (16/03/06)- O governo do Rio Grande do Sul vai intensificar a partir de hoje (16) as medidas de vigilância sanitária nas fronteiras, portos e aeroportos, com o objetivo de impedir a entrada da gripe aviária no estado. Ontem (15) foi criado o Comitê para o Enfrentamento da Pandemia de Influenza Aviária.
Participam da coordenação das ações as secretarias estaduais da Saúde e da Agricultura, Ministério da Agricultura, faculdades de Medicina e Medicina Veterinária, conselhos profissionais, sociedades de Infectologia e Pneumologia, Grupo Hospitalar Conceição e Defesa Civil.
A indústria aviária gera R$ 2,5 bilhões por ano no Rio Grande do Sul. Segundo o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, é remota a possibilidade da disseminação do vírus no estado, mas as medidas preventivas devem ser tomadas. “Somente assim o governo poderá agir rápido se for preciso barrar a entrada da doença que em dois anos já matou 100 pessoas em todo o mundo”, afirma Terra.
Hoje, a Assembléia Legislativa gaúcha debate a proposta do Plano Nacional de Controle e Prevenção da Influenza Aviária. Segundo o presidente da Comissão de Agricultura, deputado Elvino Bohn Gass (PT), o objetivo é “informar as comunidades e discutir o que está sendo proposto pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para impedir a propagação da gripe das aves e evitar prejuízos”.
A gripe aviária é causada por um vírus (H5N1) com grande potencial de mutação e agressão aos organismos vivos. Até o momento, não foi identificada nenhuma mutação que permita a transmissão da doença entre humanos. Foram registrados apenas casos de contaminação de um animal para outro, ou de um animal (silvestre ou doméstico) para os humanos, via contato respiratório.