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Sadia anuncia investimentos de R$ 850 milhões em 2006

<p>Empresa também espera crescimento real de volume de 13% no mercado interno e de 15% para o mercado externo no próximo ano.</p><p></p>

Redação (14/12/05) – A Sadia anunciou nesta quarta-feira (14/12) investimentos de R$ 850 milhões em 2006. Esse montante será aplicado, principalmente, no início das obras de construção das novas unidades no Mato Grosso (Lucas do Rio Verde e Campo Verde)  e na continuidade dos projetos de ampliação das unidades de Uberlândia (Minas Gerais) e de Toledo e Ponta Grossa (Paraná). As obras no Mato Grosso, que somam um investimento total de R$ 1,5 bilhão até 2009, começam no primeiro trimestre do ano que vem.

Quanto ao crescimento real de volume para 2006, Walter Fontana Filho, presidente do Conselho  de Administração, disse que a empresa prevê 13% a mais no mercado interno e 15% no mercado externo. ” Em 2005, passamos de 1 milhão de toneladas, o que nos leva a projetar esse aumento para 2006″, disse Fontana Filho.

Gilberto Tomazoni, presidente executivo da Sadia, lembrou que os investimentos para 2006 prevêem, ainda, melhorias nos processos operacionais, dando maior agilidade à empresa e melhor atendimento aos clientes, tanto nacionais quanto internacionais. “O primeiro passo será a criação, em Curitiba, de um Centro de Serviços, onde todos os departamentos envolvidos na venda e logística de entrega trabalharão juntos”, disse. Tomazoni anunciou, também, que  a empresa tem como meta um crescimento de 15% do EBITDA  (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) para 2006.

De acordo com os executivos da Sadia, a única ameaça para esse crescimento é o risco sanitário. “Somos um país que tem excelente ambiente e excelente custo para a avicultura, precisamos apenas de melhor segurança sanitária”, disse Tomazoni. “Por isso, esperamos que o governo anuncie nesta quinta-feira (15/12), a regionalização”. Com a regionalização sanitária, ficaria proibido o trânsito de animais vivos entre os Estados. Com essa medida, em caso de doenças como a gripe aviária apenas o estado onde o problema foi detectado ficaria  sem exportar. Hoje, se um caso for registrado no Amazonas, por exemplo, o Rio Grande do Sul  também é prejudicado.

“A regionalização tem um custo baixo, tem apoio de todo o setor avícola, mas não depende das indústrias. Nós dependemos do governo para que essa medida seja tomada”, disse Fontana Filho. O investimento do governo para a regionalização, disse ele, é pequeno se comparado aos prejuízos causados por uma eventual suspensão total de importações de aves do Brasil. “A avicultura é responsável por 4 milhões de emprego s no Brasil”,  destacou. Somente a Sadia emprega 44 mil pessoas. “Se as exportações forem suspensas, teremos muitas demissões e isso vai causar grandes problemas ao País.” 

 

O ano de 2005

Sobre o corrente ano, Fontana Filho informou que a Sadia investirá um total de R$ 600 milhões. A maior parte desses recursos foi destinada ao início das obras de ampliação da unidade de Uberlândia e à ampliação das unidades de Toledo e Francisco Beltrão, no Paraná. Outra parte significativa desse montante será destinada à ampliação do Centro de Distribuição da Sadia em Jundiaí (SP).

 

Tomazoni informou que a empresa espera um crescimento de 13% nos volumes vendidos no mercado interno em 2005, na comparação com o ano passado. No mercado externo, a previsão é de um crescimento de 17% nos volumes. 

Gilberto Xandó, diretor Comercial para o Mercado Interno, disse que a expectativa da Sadia é de que esse Natal seja o melhor dos últimos três anos. “Esperamos uma crescimento de vendas, em volume, de 10% a 12% dos produtos natalinos”, afirmou.

No que diz respeito às exportações, o diretor Comercial para o Mercado Externo, José Augusto Lima de Sá, disse que há grandes oportunidade de expansão. “No mundo todo, existem cerca de 2 bilhões de pessoas que ainda não tem acesso ao frango brasileiro.” Segundo ele, portanto, existem ainda diversos mercados a serem explorados, o que justifica os pesados investimentos da Sadia.