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Respeito ao meio ambiente

<p>Mato Grosso quer produzir carne suína adaptada ao Protocolo de Kyoto.</p>

Redação SI 17/02/2005 – O Estado de Mato Grosso está estudando formas de produzir carne suína de acordo com normas internacionais de respeito ao meio ambiente. O objetivo é aproveitar os efluentes das granjas como combustível para motores a fim de produzir energia e gerar créditos de carbono, que seriam vendidos para países desenvolvidos signatários do Protocolo.

A medida está em estudo pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder) e pretende eliminar o lançamento na atmosfera de gases poluentes, resultado da decomposição do chorume, subproduto da atividade. A idéia do governo é promover o seqüestro do carbono pela queima e captura dos compostos químicos através de um mecanismo industrial simples em sistema fechado.

O projeto contempla a adaptação da atividade econômica ao Protocolo de Kyoto, tratado que passa a valer a partir desta quarta, dia 16, e que estabelece aos países industrializados a redução de 5,2% da emissão de gases até 2012. A base para medir a diminuição é o ano de 1990. Um dos objetivos do tratado é reduzir o impacto sobre o meio ambiente da industrialização e da queima de combustíveis fósseis (petróleo e carvão), que provocam o efeito estufa.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Otaviano Pivetta, diz que a decisão política do governo é dar condição segura ao produto do agronegócio mato-grossense. Segundo Pivetta, a visão do governo Blairo Maggi é de que a produção de proteína animal local carnes bovina, suína, ovina e de aves deve ter “sanidade, qualidade e sintonia com o meio ambiente”.

Ele adianta que o governo prepara um simpósio nas próximas semanas para debater e definir a formação de uma bolsa de comercialização do carbono.

A legislação que estamos preparando para a produção pecuária vai ter essa característica, respeitando o meio ambiente, fazendo o seqüestro do carbono”, afirma.

O objetivo do governo de Mato Grosso é transformar o Estado no maior pólo de proteína animal do mundo em algumas décadas. Conforme Pivetta, os países desenvolvidos acusam a produção agropecuária brasileira de poluir o meio ambiente porque querem impedir o desenvolvimento do país.

Então venham a União Européia, os Estados Unidos pagar imposto ecológico para podermos trabalhar e dar educação e acesso à saúde aos nossos filhos. Tragam sua riqueza gerada em 100 anos”, disse, referindo-se à comercialização de créditos de carbono que será possibilitada com o saneamento da produção suína.