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Oferta de suínos deverá ser menor em 2003

Alta produtividade deve ser mantida em Mato Grosso e Goiás, aponta estudo realizado pelo Cepa/SC.

Redação SI 14/10/2003 – 04h01 – O Brasil deve fechar o ano de 2003 com uma oferta nacional de suínos em 34,6 milhões de cabeças, o que representa uma queda de 8,2% sobre o ano passado. Em toneladas, o volume pode ficar entre 2,7 milhões e 2,72 milhões de toneladas, uma queda que se aproximará de 6% em relação ao recorde de 2002, segundo informações divulgadas pelo Instituto Cepa/SC (Icepa).

Os alojamentos de matrizes estão avaliados em 2,49 milhões de cabeças, das quais mais de 58% são reprodutoras de alta produtividade. Durante a crise foram eliminadas do rebanho brasileiro mais de 355 mil matrizes. Os plantéis reduziram-se mais significativamente no Sul, no Sudeste e no Nordeste, mas no Centro-Oeste os de alta produtividade permaneceram em expansão no Mato Grosso e em Goiás.

No Sul, representando pouco mais de 57% da produção nacional, a redução na oferta está estimada em 5,3%, devendo situar-se ao redor de 19,5 milhões de cabeças. Esta redução não será maior devido à produção paranaense ainda permanecer em expansão.

No Paraná, os efeitos da crise foram diferentes dos observados em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Naquele Estado, um número significativo de produtores independentes, que por uma situação de acesso fácil ao milho, baixo endividamento e poucos investimentos a fazer, mantiveram ou até ampliaram os plantéis. Estes fatores explicam por que a produção paranaense ainda está crescendo.

No Sudeste, detendo 18% do total produzido no País, a oferta deve diminuir em 1,42 milhão de cabeças, indicando que a disponibilidade de carne suína encurtará em aproximadamente 65 mil toneladas em equivalentes de carcaças. Nesta região, os alojamentos passaram de 515 mil matrizes para 387 mil matrizes, uma redução avaliada em 25%.

No Centro-Oeste, já representando 14% da produção nacional, os números indicam que a oferta deve cair 1,8% em cabeças, mas será 4,2% superior em toneladas. Esta performance tem como explicação o forte descarte de matrizes de baixa produtividade, a continuidade dos alojamentos de reprodutoras mais produtivas e o aumento do peso médio de abate.

Segundo estimativas do analista do Icepa, Jurandi Soares Machado, como a oferta nacional está se encolhendo para cerca de 165 mil toneladas, as exportações devem atingir 520 mil toneladas (10% a mais do que no ano passado). A partir deste quadro, inverte-se a projeçao de super oferta. Esta situação, de oferta mais adequada à demanda, deve se prolongar pelo menos até o segundo semestre de 2004, destaca.