Apesar da redução nos preços do milho em Mato Grosso, a suinocultura no estado continua enfrentando prejuízos. Os suinocultores são afetados por dois fatores principais: a desvalorização no preço pago pelo quilo do animal e a forte concorrência com outras proteínas.
Embora a queda no preço do milho tenha trazido uma certa esperança, a desvalorização da carne bovina, ainda a preferida pelos consumidores brasileiros, limita a possibilidade de um aumento nos preços da carne suína. Com as vendas em baixa, os suinocultores acumulam prejuízos, estimando um valor médio de R$ 50 de perda por animal abatido. Diante desse cenário desafiador, é necessário buscar soluções para impulsionar a rentabilidade e fortalecer a suinocultura em Mato Grosso.
Cenário atual
A colheita do milho avança em Mato Grosso nas principais regiões produtoras. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), no médio-norte do estado quase metade da área foi colhida.
Enquanto movimentam as máquinas, os agricultores ficam de olho nos preços do cereal, que a cada dia estão mais baixos, ameaçando a rentabilidade e aumentando o risco de que falta espaço para guardar a produção, já que as vendas estão lentas.
“Com a baixa [preço] do milho tanto da soja, o agricultor comercializou menos produto, principalmente soja do que os anos anteriores, fazendo com que nós tenhamos muita soja estocada nos armazéns, ocupando o espaço desse milho que estaria entrando nesses armazéns agora. Então, temos a soja lá e o produtor não consegue armazenar o milho”, diz o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Sadi Beledelli.