Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Eventos e Cursos

Suinocultura brasileira unida contra a Peste Suína Clássica

Workshop organizado pela ABCS e Abegs visou nivelar informações sobre a doença, que será reconhecida pela OIE, e acelerar ações conjuntas para ampliar áreas livres.

Foi realizado na tarde desta segunda-feira (02/09), o Workshop “Defesa Sanitária e a Peste Suína Clássica no Brasil”. Organizado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e a Associação Brasileira das Empresas de Genética Suína (Abegs), em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o evento reflete um momento especial do setor suinícola nacional, preocupado com o reconhecimento obrigatório da Peste Suína Clássica (PSC) pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), a partir de 2015. A medida exige a definição de uma estratégia conjunta para garantir a inclusão do maior número de estados brasileiros na chamada “área livre” no menor espaço de tempo.

“Precisamos nivelar as informações sobre esta nova diretriz da OIE, para que não haja confusão entre todos os elos da cadeia produtiva. O objetivo deste Workshop foi de reunir todas as defesas estaduais, empresas privadas e produtores para fazer um aprofundamento das discussões que envolvem o tema”, explicou Marcelo Lopes, presidente da ABCS, na abertura do evento. O presidente da Abegs, Alexandre Furtado da Rosa, acrescentou que a associação investe, desde sua fundação, há cinco anos, em parcerias com a ABCS e o Mapa em busca de uma conscientização cada vez maior do setor sobre biossegurança e proteção sanitária no País. “O melhoramento genético de suínos anda lado a lado dos avanços em sanidade. O Brasil ainda é livre de diversas enfermidades virais emergentes e isto tem sido um diferencial competitivo relevante para a toda nossa cadeia produtiva. Continuaremos apoiando e investindo em ações conjuntas de defesa sanitária que possam fortalecer a posição competitiva global do nosso país em termos de saúde suídea”, afirmou Rosa. A chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Janice Zanella, pontuou que a entidade segue investindo em pesquisas em prol da suinocultura brasileira e sua competitividade. “Toda ação focada na erradicação da PSC poderá contar com o apoio da Embrapa”, destacou.

Abaixo, Marcelo Lopes fala sobre o workshop e como a Peste Suína pode atingir a suinocultura nacional , com exclusividade, para a TV Gessulli. Confira:

Palestras
O Workshop contou com a palestra “Peste Suína Clássica: Avanços e Desafios” do diretor do Departamento de Sanidade Animal do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques. “A iniciativa é muito oportuna, uma vez que o tema está em discussão no Brasil e no mundo todo. Devemos estar prontos para corresponder aos mercados mais exigentes bem como nos preparar para os desafios das doenças externas ou emergentes. Temos também que proteger a suinocultura pela sua importância social e econômica”, opinou. De acordo com Marques, atualmente o Brasil tem 16 estados “auto-declarados” livres da PSC. São eles AC, RO, MT, MS, GO, TO, DF, SE, BA, MG, ES, RJ, SP, PR, SC e RS. No entanto, para reconhecimento da OIE como “área-livre”, apenas SC e RS serão pleiteados. “São Estados melhores estruturados, com melhor fiscalização entre fronteiras. Mas, em um futuro breve, os outros estados devem ser declarados. Nosso objetivo é que todo território nacional seja declarado livre da doença”, explica o diretor, lembrando que os últimos surtos registrados ocorreram no RN e AP em 2009.

A apresentação “Gestão Compartilhada de Programas de Sanidade Suídea” de Jader Nones, da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola encerrou o evento.

Saiba mais no site da ABCS: http://www.abcs.org.br/