Com 30 anos de experiência na criação de suínos, no município Limeira, região leste de São Paulo, Pedro Tosello lamenta a fase difícil do setor. “A atividade nos últimos cinco, seis anos está preocupante porque o suinocultor está perdendo muito, está tendo prejuízo, não tem capacidade de investir, de melhorar a granja e de fazer manutenção nas instalações”.
A associação que representa os produtores expõe mais ainda a situação. “Eu estou há 22 anos na frente desse segmento e posso dizer sem sombra de dúvidas que esta é a maior crise que o setor passa”, diz Valdomiro Ferreira Júnior, presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos.
A arroba do porco que chegou a R$ 60 em dezembro, agora é negociada na região leste de São Paulo por menos de R$ 45. O milho e a soja, principais ingredientes da dieta dos suínos estão mais caros e, neste momento, o valor da arroba do porco não paga os custos.
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Uma das estratégias para amenizar os prejuízos está no berçário. Comparado com 2011, uma granja em Limeira diminuiu a produção em 10%. De 600 matrizes, a meta é chegar ao fim de 2012 com apenas 500 e depois reduzir ainda mais, em até 20%.
Pedro Tosello produz em torno de 1.300 animais por mês. São cerca de 15 mil ao ano e até para desistir do negócio ele tem que fazer cálculos. “Se fosse mais fácil parar, mais gente já tinha parado. Até isso é difícil, envolve demissão de funcionários e a partir do momento em que se decide parar, isso leva de nove a 10 meses”, explica.
