As medidas emergenciais adotadas pelo governo do Estado para ajudar as regiões que sofreram com a estiagem já somam R$ 25,9 milhões. O valor, de acordo com o assessor técnico da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Paulo Roberto Meira, deverá ser maior assim que terminarem as negociações para a liberação dos recursos que serão fornecidos pelo governo federal. Da verba disponível em caixa, R$ 3,6 milhões já foram aplicados na distribuição de 29 mil sacas de milho para a safrinha. O volume, de acordo com a Seab, chegou a beneficiar 9,7 mil agricultores familiares.
O restante dos recursos serão destinados à proteção de nascentes (R$ 2,3 milhões) e poços artesianos (R$ 10 milhões). Além desses investimentos, o Paraná ainda negocia uma verba de mais R$ 10 milhões que deverá ser fornecida pelo Ministério da Integração. ”Esse valor ainda está sendo negociado, já que o Estado apresentou uma contraproposta”, explica Meira. Ele afirma que o objetivo é beneficiar outros 4,6 mil produtores paranaenses que sofreram com a estiagem. O assessor técnico da Seab completa que até o final deste mês todos os projetos serão implantados. ”Inicialmente, a prioridade de atendimento será a região sudoeste”.
Emergência – O número de produtores paranaenses que já solicitou o apoio do Proagro no Paraná, de acordo com informações da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), já passou de 10 mil. Já o volume de solicitações de seguro agrícola somente no Banco do Brasil ultrapassa 3 mil. Pedro Loyola, economista da entidade, revela que todas essas solicitações são provenientes dos 137 municípios paranaenses que decretaram situação de emergência. O economista alerta que a tendência é que o número de pedidos aumente, já que muitos produtores ainda não começaram a colheita.
Loyola explica que para ter direito ao Proagro, as perdas na lavoura teriam que ser superiores a 30% da área. O economista frisa que um dos maiores benefícios conquistados pelos produtores foi a prorrogação das dívidas de custeio que deverão ser pagas a partir de julho. ”Para muitos produtores, o vencimento das parcelas já teria vencido se não houvesse a intervenção do governo federal”.
País – Conforme divulgação do Ministério da Agricultura, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na última quarta-feira, 29, alterações nas condições para a renegociação de dívidas de produtores rurais que tiveram perda de renda em função da estiagem na região Sul do País. Assim, os agricultores de municípios em situação de emergência, reconhecida pelo governo federal, poderão prorrogar o pagamento de empréstimos de custeio e investimento, inclusive de parcelas negociadas de anos anteriores.
Outro voto aprovado pelo CMN simplifica a contratação de projetos no programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Com isso, o financiamento para a compra de máquinas poderá ser feita pelo programa, que atualmente só contempla a aquisição de insumos e serviços.