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Logística

Obras em Santos

Escoamento da soja exige melhorias no Porto de Santos. Obras de infraestrutura estão em andamento, mas podem ser insuficientes no longo prazo.

As exportações de soja pelo Porto de Santos devem aumentar até 10% em relação ao mesmo período do ano passado. A projeção é da Companhia de Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o terminal. Para isso, obras de infraestrutura estão sendo realizadas.

Neste ano, a colheita da soja está atrasada. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que representa os exportadores, 8% da safra foi colhida. No ano passado, eram 14%. No entanto, a movimentação no Porto de Santos já vem envolvendo toda estrutura desde a chegada de caminhões, descarga e o carregamento dos navios. A expectativa este ano é de que a exportação do grão alcance 34 milhões de toneladas. Diferente do ano passado, quando houve queda de 8% nas exportações.

O diretor geral da Anec, Sérgio Mendes, reforça a projeção de crescimento. A colheita deve passar de 70 milhões de toneladas. Metade já está negociada. O setor comemora sem esquecer dos problemas na hora de escoar os grãos, como o sistema viário e o acesso aos portos.

Problema – O Porto de Santos tem um problema histórico. A avenida que dá acesso ao cais sempre teve um trânsito lento, com caminhões parados. Situação que piorava com a passagem dos trens, bem no meio da rodovia. Era preciso esperar a passagem dos vagões, o que causava transtornos e atrasos. A situação foi resolvida com a construção de um viaduto que acabou agilizando a chegada e saída dos caminhões.

Outra obra que deve melhorar a produtividade é a dragagem que vem sendo feita desde o ano passado. Vai aumentar a profundidade do canal de 13 para 15 metros. O investimento na dragagem e no viaduto é de R$ 400 milhões. Mas para o consultor Marcos Vendramini, já pode ser insuficiente. A longo prazo, a infraestrutura vai ficando pequena diante do crescimento de mercados como a soja.

“A soja em grãos vem crescendo em média 10,5% ao ano desde 2000, praticamente dobra a movimentação em seis, oito anos. Tem obra de licitação, licenciamento ambiental, acaba sendo insuficiente”, diz o consultor.