A Superintendência do Sistema Penal do Pará (Susipe), por meio do Núcleo de Reinserção Social e nova direção do Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura, em Santarém, no Oeste do estado, retomou o projeto de criação de frangos, atividade que auxilia na ressocialização de detentos do regime semi-aberto.
O projeto que estava parado há dois anos, consiste na criação de pintos e engorda para o abate. Inicialmente, quatro detentos vão ajudar a manter a granja. O suporte técnico é dado pelo engenheiro agrônomo Marcos Silva, servidor da Susipe.
“Achamos que é um projeto importante pra Santarém. Já trabalhamos com ele uma vez e quando chegamos aqui ele estava parado. Reativamos para o bem dos detentos que vão trabalhar nele. Será uma fórmula há mais para trabalharmos a ressocialização desses detentos”, explica o coronel Walter Santos, diretor do centro de recuperação.
O detento Raimundo Elias, de 54 anos, afirma que o projeto lhe dá uma oportunidade de aprender uma profissão, o que, segundo ele, será bastante útil para recomeçar a sua vida quando cumprir sua pena. “Só tenho a agradecer. Sei que errei, mas, aqui aprendo uma profissão e vou poder arrumar trabalhão lá fora quando sair. É mais uma chance, entendo assim”, afirma seu Raimundo Elias.
Segundo o agrônomo Marcos Silva, os pintinhos recebem cuidados 24 horas por dia. Ele diz que a atual fase é a que necessita de mais atenção. “Pequenos temos de ter cuidado redobrado para evitar perdas. Sempre hidratando eles e matando possíveis parasitas e predadores”, explica.
Além de aprender uma profissão, os detentos que trabalham no projeto são remunerados e têm direito à redução de pena. Parte do salário recebido pelos presos é automaticamente destinado à poupança, a qual representa um auxílio para o recomeço de suas vidas após saírem da cadeia. “Os detentos que vão trabalhar no projeto recebem salário e para cada três dias trabalhados, eles têm um dia reduzido de sua pena”, diz o diretor.