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Meio Ambiente

Suíno ainda mais lucrativo

Agricultores do MS lucram com redução na emissão de metano dos animais, transformados em créditos de carbono.

Suíno ainda mais lucrativo

Um assentamento de agricultores no Mato Grosso do Sul mostra que a responsabilidade com o meio ambiente não é uma possibilidade apenas para grandes produtores rurais. No lugar, 11 pequenos proprietários reduziram a emissão de metano na criação de porcos e estão ganhando com isso.

Os animais recebem comida de primeira qualidade, água fresquinha e são mantidos em um ambiente limpo. Já faz tempo que esses animais eram sinônimo de sujeira. Os suínos são o grande negócio do assentamento campanário, em São Gabriel D’Oeste, a 120 km de Campo Grande. 

Os produtores fornecem carne para a indústria, mas o mercado do suíno não para por aí. E o que parece uma faxina é reaproveitamento dos dejetos que liberam gás metano, que polui o meio ambiente e destrói a camada de ozônio.

O gás que enche um gigantesco balão, o metano, não é lançado na atmosfera. Isso permite aos produtores entrar num negócio valioso, o crédito de carbono.

Empresas espalhadas pelo mundo que ainda não resolveram seus problemas com a poluição pagam pela economia feita pelos produtores. Esses créditos surgem a partir do aproveitamento correto do gás. Quando o metano é queimado ele para de poluir.

Segundo Afonso Rosalém, técnico em agropecuária, a poluição foi reduzida 21 vezes. A renda dos créditos, R$ 3.500, vem uma vez por ano. Quem paga é uma indústria de Portugal. Não é muito, mas esse não é o maior lucro, o gás também gera energia.

Aqui o metano é o combustível do motor da irrigação. O que se joga no pasto é a mesma matéria usada para produzir o gás, só que agora ela não polui, serve de adubo. Com mais comida, as vacas produzem mais leite. No assentamento, ninguém tem dúvidas de que trabalhar em parceria com o meio ambiente dá certo.