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Produção

Lucro com orgânicos

A produção de hortaliças orgânicas, em conjunto com a criação de galinhas, está crescendo no sertão de Sergipe.

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A produção de hortaliças orgânicas tem mudado a realidade das famílias de pequenos agricultores do sertão de Sergipe. Além de consumir alimentos saudáveis, elas vendem o excedente e conseguem uma boa renda.

Os canteiros de hortaliças tomam conta da paisagem no município de Canindé de São Francisco, no sertão de Sergipe. “Melhorou muito. Agora, está a coisa mais bonita”, disse o agricultor José Rivaldo dos Santos.

Berinjela, coentro e alface. Em nove municípios, mais de dez variedades são produzidas de forma orgânica por 73 famílias. Elas fazem parte de um projeto da Codevasf, Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco. O cultivo das hortaliças é feito em conjunto com a criação de galinhas.

Toda a produção é integrada e sustentável, respeitando o meio ambiente. Tudo que o produtor precisa para tocar a horta orgânica é retirado do lugar. “É integrada porque tem vegetal com animal. Então, o esterco da galinha vai servir para as plantas. E o resto das culturas para alimentar as galinhas”, explicou Valdirene Cruz, analista de desenvolvimento da Codevasf.

Os canteiros são feitos em forma de círculos, conseguindo um maior aproveitamento. “A produção no modo circular será bem maior do que a do modo linear”, comparou José Márcio Lima, técnico agropecuário.

O objetivo inicial do projeto era mudar os hábitos do agricultor, introduzindo uma alimentação saudável. Mas a produção orgânica tem dado tão certo que o excedente é comercializado gerando renda para as famílias.

O agricultor Pedro Barros da Silva cultiva no quintal de casa dez variedades de hortaliças. Por semana, ele consegue cerca de R$ 240. “Melhorou muito a vida. Antes era bem sofrido”, disse.

A Codevasf entra com a assistência técnica, a irrigação e com os insumos para o plantio e para a criação dos animais. O agricultor se compromete a seguir as determinações do órgão quanto ao cultivo orgânico. O projeto existe há um ano com recursos do Ministério da Integração Nacional.