A inflação medida pelo IGP-DI perdeu força em outubro. É o que mostrou nesta quarta-feira, 10, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao divulgar o indicador, que subiu 1,03% no mês passado, após avançar 1,10% em setembro. A taxa mensal do IGP-DI veio acima das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam uma elevação entre 0,81% e 0,98%, com mediana das expectativas em 0,88%.
Embora não seja mais usada para reajustar a tarifa de telefone, a taxa acumulada do IGP-DI ainda é usada como indexadora das dívidas dos estados com a União. Com o resultado divulgado hoje, o indicador acumula altas de 9,16% no ano e de 9,11% em 12 meses.
Atacado – No caso dos três indicadores que compõem o IGP-DI de outubro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) subiu 1,32% no mês passado, após registrar alta de 1,47% em setembro.
Ao comentar o cenário da inflação atacadista no mês de outubro, a FGV também revelou a análise de preços por produtos. As mais expressivas altas de preço foram registradas em soja em grão (5,56%); bovinos (4,57%); e feijão em grão (20,64%). Já as mais significativas quedas de preço no atacado em outubro foram registradas nos preços de minério de ferro (-5,04%); banana (-6,40%); e ovos (-3,43%).
Varejo – Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) mostrou taxa positiva de 0,59% no mês passado – resultado acima do apurado em setembro pelo indicador, quando subiu 0,46%.
Na análise feita pela FGV entre os produtos do varejo pesquisados para cálculo do índice, as altas de preço mais expressivas em outubro foram registradas em feijão carioquinha (20,28%); batata-inglesa (13,73%); e álcool combustível (7,01%). As mais expressivas quedas de preço, por sua vez, foram apuradas em mamão da Amazônia – papaya (-15,32%); manga (-21,57%); e banana prata (-9,89%).