Autoridades do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) sinalizaram que a entrada no país da carne suína in natura produzida em Santa Catarina deverá ser aprovada até o dia 30 de novembro de 2010. A posição do governo norte-americano foi apresentada na 4ª Reunião do Comitê Consultivo Agrícola (CCA) Brasil – Estados Unidos aos representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que estão em Washington, nesta segunda, 18 de outubro, e terça-feira, 19.
De acordo com o secretário de Relações Internacionais do Mapa, Célio Porto, que chefiou a delegação brasileira, o processo de abertura está em fase de conclusão e a próxima etapa seria a vinda de técnicos norte-americanos para inspecionar frigoríficos catarinenses. Na opinião de Porto, a habilitação por parte de um mercado exigente, como o dos Estados Unidos deverá abrir portas para a carne brasileira. “O exportador brasileiro anseia por essa aprovação, pois se trata de um país criterioso e isso significa, perante outros mercados, o reconhecimento da qualidade do produto nacional”, afirma.
O secretário informou, ainda, que as autoridades sanitárias dos Estados Unidos prometeram finalizar documento com a análise de risco para a carne bovina in natura até 31 de janeiro de 2011. O governo norte-americano, por sua vez, pediu a abertura do mercado brasileiro para subprodutos de suínos e bovinos. “Há interesse de empresas brasileiras em importar peles e aparas de suínos, além de material genético e outros produtos de origem bovina”, completa.
Os representantes de governo também aproveitaram a reunião do CCA para discutir proposta de cooperação, com treinamento de técnicos brasileiros na área de defesa agropecuária por profissionais do Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal dos Estados Unidos (Aphis, sigla em inglês). Está agendada para o final de novembro a vinda de técnico do órgão para ministrar curso sobre análise de risco de pragas.
O Comitê é um fórum de governo e uma circunstância para a revisão da agenda bilateral do agronegócio, tratando de áreas específicas, como acesso a mercados, pesquisa agrícola, cooperação técnica e elaboração de normas. O Brasil mantém CCAs com Canadá, Estados Unidos, Chile, China e Coreia do Sul, Indonésia e Rússia.