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Economia

GP Rural

Produtor gaúcho ferramenta para garantir preços. Sistema permite o travamento por meio de contratos futuros em bolsa.

A Garantia de Preço Rural (GP Rural), uma alternativa para assegurar preços, já tem adesão de 29 produtores gaúchos. A nova ferramenta, desenvolvida pelo Sistema Farsul, em parceria com a POA Investimentos, consiste em um travamento de preço para soja, milho e boi, por meio de compra de contrato de opção na BM&F, com vencimento na época da colheita.

A medida foi lançada pela Casa Rural – Centro do Agronegócio, durante a Expointer, e oferece vencimentos para os contratos, que serão definidos pelos produtores de acordo com o período previsto para a sua colheita. Os lotes mínimos são: 22 bois de 450 quilos cada, 450 sacas de soja ou 450 sacas de milho. “Basta o produtor rural definir antecipadamente o valor a ser pago pela sua safra e comprar o contrato de opção. Como não envolve o produto físico, na hora da venda, caso o preço esteja mais baixo do que o fixado, ele receberá a diferença”, explicou o gerente executivo da Casa Rural, Lourival Martins.

Segundo o gerente de Agronegócios da POA Investimentos, João Carlos Kopp, é necessário fazer um cadastro para operar no sistema. “Com a garantia de preço rural, toda a diferença negativa na época da colheita, ele receberá pelo mercado financeiro”. Kopp disse ainda que a ideia é ampliar o mecanismo para o arroz.

Martins explicou ainda que o funcionamento é semelhante a um seguro, quando é definido antecipadamente o valor da mercadoria, e salientou que os produtores canadenses já trabalham pelo mesmo sistema. “Os grandes produtores trabalham com 100% de garantia de preço, enquanto que o percentual entre os pequenos chega a 95%”.

Segundo Kopp, a grande vantagem para o produtor é que ele pode fixar o preço mínimo, mas se o mercado apresentar alta, ele irá ganhar na valorização do seu produto. “Para garantir uma valorização de R$ 3,10 no quilo do boi, em dezembro, o produtor gastaria, hoje, R$ 0,12 por quilo. No caso do milho, com um custo de R$ 0,06 por saca, o agricultor receberia R$ 26,00 por saca, em janeiro de 2011”, exemplificou.