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Gripe H1N1

Sistema de criação protege rebanho do Brasil de gripe suína

Não há necessidade de adoção de medidas emergenciais, afirma Reinhols Stephanes.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, considerou nesta quarta-feira (29) muito difícil que a gripe suína atinja o rebanho brasileiro. “É muito difícil que esse vírus, mesmo que chegue a suínos, atinja o Brasil por causa do nosso sistema de criação. Nossas plantas são muito avançadas”, afirmou, ressaltando, por exemplo, que uma granja é construída com uma distância suficiente da outra para que se evite proliferação de vírus, como o atual.

Stephanes garantiu que não há necessidade, portanto, de adoção de medidas emergenciais para evitar a chegada do vírus porque as granjas têm alto padrão de tecnologia. “Por enquanto, mantenho a posição de otimismo. Não é para ter pessimismo, mas isso não quer dizer que não teremos problemas amanhã; isso ninguém pode dizer”, comentou. Se vier a ocorrer contaminação do homem para o porco, a forma de produção e organização permitirá imediatamente isolar uma área e evitar que a doença se propague. “Não há necessidade de medidas adicionais. O cozimento da carne, por exemplo, é recomendação geral e não em função deste gripe, faz parte de um bom senso.”

O ministro também afirmou que é cedo para dizer que se trata de uma pandemia (epidemia generalizada). “Não existe pandemia, mas não cabe a mim avaliar”, desconversou. Ele evitou entrar na polêmica sobre a nomenclatura da doença. Para os produtores brasileiros, a gripe não deve ser chamada de suína porque até o momento não há registro da doença nesses animais. “A própria OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) recomenda que não se chame de gripe suína. O nome correto é sempre onde surge: gripe espanhola, asiática… Se seguíssemos o padrão, teria de ser chamada pelo lugar onde ela nasceu”, argumentou. Questionado sobre a possibilidade de o governo começar a adotar esse padrão de nomenclatura, o ministro disse: “Não cabe ao governo adotar isso. A OMS (Organização Mundial de Saúde) é que deveria chamar isso, mas não deveria chamar de gripe suína, porque não é. Pra mim, é gripe mexicana.”