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Epamig alerta para riscos do mofo branco na lavoura de soja

<p>O fungo, que pode atacar o caule e as folhas, destruindo a planta inteira, depende de temperaturas amenas, umidade (chuvas freqüentes) e se prolifera rapidamente.</p>

Redação (10/10/2008)- Em outubro começa o plantio da soja e os produtores devem ficar atentos quanto aos perigos do mofo na lavoura, segundo pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). O mofo branco é uma doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, que ataca inúmeras espécies vegetais – girassol, algodão, feijão, batata, soja, dentre outros.

O fungo, que pode atacar o caule e as folhas, destruindo a planta inteira, depende de temperaturas amenas, umidade (chuvas freqüentes) e se prolifera rapidamente.

A pesquisadora Dulândula Wruck, da Epamig Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, chama a atenção para, principalmente, a infestação em soja, já que a região do Triângulo Mineiro é forte produtora. “A doença afeta a formação de grãos, pois o fungo infecta a planta sistematicamente. O micélio do fungo se localiza abaixo do tegumento em sementes infectadas e a estrutura de resistência (esclerócio) pode ser disseminada em lotes de sementes mal beneficiadas”, afirma.

Como os danos causados são inúmeros, Dulânlula alerta para os cuidados com as sementes, já que o mofo é transmitido por elas. “Cinqüenta por cento dos produtores não estão comprando sementes certificadas e não têm a tecnologia adequada para utilizar as próprias sementes e fazer o plantio. Para não proliferar a doença é importante adquirir sementes certificadas e fazer uso de fungicidas protetores e sistêmica”, alerta.

Dulândula ressalta que o uso de plantio direto utilizando uma palhada, como, por exemplo, Brachiária ruzizienses, tem diminuído a disseminação da doença na área de plantio. “A palhada, quando bem formada, pode funcionar como barreira à disseminação do fungo e impedir a germinação dos escleródios por falta de luz, além de favorecer a ação dos microorganismos antagonistas do solo,” explica.

É importante salientar que o tratamento proveniente do produtor nas sementes não mata o esclerócio (estrutura de resistência), mas elimina o micélio (estrutura vegetativa) que, porventura, estiver localizado abaixo do tegumento da semente. “Realizar o tratamento de sementes, fazer rotação de cultura com gramínea, usar plantio direto com eficiência, evitar uso de cultivares com crescimento indeterminado e o controle de plantas daninhas são as medidas corretas para prevenção contra o mofo branco”, conclui a pesquisadora.