Redação (19/09/2008)- O segmento de suinocultura em Minas Gerais espera incremento nos negócios de final de ano em Minas Gerais. Normalmente, a demanda por carne suína aumenta em função do período festivo de dezembro. Segundo o vice-presidente da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (Asemg), José Arnaldo Cardoso Penna, a estimativa é de crescimento entre 5% e 10% no período.
De acordo com Penna, o setor espera incremento não apenas no final do ano e, para isso, a entidade está incentivando o consumo durante todos os meses que, segundo ele, está mantendo uma certa regularidade. "A demanda ocorre com mais intensidade no final do ano mas as granjas comerciais não pensam apenas nesse período com o objetivo de girar sempre um volume maior", afirmou.
Em função do aumento no consumo, a rede varejista reforça os estoques até o dia 15 de dezembro. Assim que esses estoques estão completos, as granjas começam a passar por redução de demanda que, segundo o dirigente, não tem condição de ser medida. "Em função dessa tendência maior de consumo, as perspectivas apontam para aumentos de preços até o mês de dezembro por causa da formação dos estoques", explicou.
Com a constituição de estoques, começa a não haver muita disponibilidade de produto no mercado, fazendo com que o preço da carne suína aumente. Atualmente, o quilo de suíno vivo está cotado a R$ 3,50, com tendência de correções semanais ou quinzenais até o final do ano. "Nossa expectativa é que o preço do quilo da carne possa registrar alta entre 10% e 15% até dezembro", projetou Penna.
A perspectiva para 2008 é que a produção mineira chegue a 400 mil toneladas, com o abate de algo entre 4,5 milhões e 4,6 milhões de cabeças no decorrer desse exercício. De acordo com o dirigente, no final do ano anterior o preço do quilo da carne suína estava sendo comercializada a R$ 2. "O valor hoje é considerado suficiente para manutenção da atividade, mas entre os meses de janeiro e maio trabalhamos com custos superiores aos preços praticados", comparou.
Alimentação – Segundo o dirigente, o custo de produção para o segmento está em torno de R$ 2,80 podendo chegar a R$ 3 em algumas regiões, oferecendo uma rentabilidade ao produtor que varia entre 12% e 15%. "A suinocultura está encontrando dificuldade com os custos com vitaminas e minerais para alimentação animal que são importadas. O milho agora está estabilizando e a soja já apresenta queda entre 5% e 10%", explicou.
No país, as exportações nos últimos meses desse ano atingiram a marca de 375 mil toneladas, com perspectiva de chegar a 610 mil toneladas no decorrer do exercício. Minas Gerais, por sua vez, exportou cerca de 5% do volume nacional. "O consumo per capita mineiro gira entre 21 quilos e 22 quilos de carne suína por ano. No exercício anterior, esse consumo era de 20 quilos por pessoa", comparou.