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Área plantada com transgênico supera 100 milhões de hectares no mundo

<p>A área plantada com transgênicos no mundo superou a marca de 100 milhões de hectares pela primeira vez.</p>

Redação (19/01/07) –  No ano passado, foram cultivados 102 milhões de hectares em todo o mundo de variedades geneticamente modificadas, segundo relatório divulgado hoje pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas (ISAAA). O desempenho registrado em 2006 representa um incremento de 12 milhões de hectares (13%) à área plantada em 2005, quando a biotecnologia estava inserida em 90 milhões de hectares.

De acordo com o relatório, 22 países que já adotam os organismos geneticamente modificados em suas lavouras. Os três maiores produtores são Estados Unidos (54,6 milhões de hectares), Argentina (18 milhões de hectares) e Brasil (11,5 milhões de hectares), seguidos por Canadá (6,1 milhões de hectares), Índia (3,8 milhões de hectares) e China (3,5 milhões de hectares).

No ano passado, o cultivo de transgênicos no mundo completou dez anos e a evolução entre 1996 e 2006, com um crescimento de 60 vezes. Esse desempenho é considerado o maior índice de adoções de qualquer tecnologia de plantações. “Até 2015, a expectativa é que estejam cultivados com variedades transgênicas cerca de 200 milhões de hectares em todo o mundo, com 20 milhões de agricultores”, afirma Clive James, presidente do ISAAA.

Segundo o executivo, o maior crescimento do uso de sementes geneticamente modificadas aconteceu nos países em desenvolvimento, que representam 40% da área cultivada com transgênicos em todo o mundo. “Os países da Ásia, como Índia, China e Filipinas tiveram uma rápida adoção. Na América do Sul, o Brasil ainda tem um enorme potencial, bem como os países da África, que ainda utilizará bastante essa tecnologia”, explica.

Na avaliação de James, o biocombustível será a grande chave para o aumento da utilização de transgênicos no mundo durante a próxima década. Ele citou como exemplo o Brasil, maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, e que terá que utilizar a tecnologia para atender a demanda crescente por etanol. “A biotecnologia será importante para tornar os biocombustíveis ainda mais competitivos em relação aos combustíveis fósseis”, disse James.