Nos próximos dez anos, o Brasil deve continuar tendo papel fundamental no comércio internacional de produtos agropecuários, segundo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado durante o Agricultural Outlook Forum 2013, em fevereiro. Os maiores destaques serão a soja em grão brasileira, com participação de 44% nas exportações mundiais, e a carne de frango produzida no País, com participação de cerca de 53% do mercado.
A expectativa é que sejam exportadas 144,3 milhões de toneladas de soja em grãos na safra 2022/23, sendo que o Brasil deve responder por 63,8 milhões de toneladas desse total. A maior participação, em seguida, é dos Estados Unidos (43,8 milhões de toneladas ou 30% do mercado internacional), com a Argentina em terceiro lugar (17,5 milhões de toneladas; 12,1%).
Relativo à carne de frango, a participação brasileira no mercado externo deve ser ainda maior. A previsão é que sejam comercializadas cerca de nove milhões de toneladas entre os países, com o Brasil respondendo por 53% (ou 4,76 milhões de toneladas). Em seguida, aparecem os Estados Unidos (3,89 milhões; 43,3%) e União Europeia (1,3 milhão de toneladas; 15%).
No comércio de carne bovina a liderança de exportações será da Índia, seguida por Brasil, Estados Unidos e Austrália, respectivamente. Esses quatro países devem responder por 94,7% da exportação nos próximos 10 anos – o Brasil deverá ter 23,3% desse mercado.
Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, as projeções apontadas pelo governo norte-americano confirmam as expectativas brasileiras para o posicionamento estratégico do país entre os maiores exportadores agropecuários do mundo. “Os investimentos cada vez maiores nos campos brasileiros têm nos possibilitado fazer uma frente maior entre os grandes mercados mundiais”, afirmou.