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Exportações

Copa do mundo faz árabes reforçarem estoque de carne de frango

Venda de frango brasileiro aos países do Golfo avança 37% entre janeiro e outubro

Copa do mundo faz árabes reforçarem estoque de carne de frango

A presença de cerca de um milhão de torcedores estrangeiros nos países do Golfo para acompanhar a Copa do Mundo do Catar deu um impulso importante às vendas brasileiras de carnes.

Segundo levantamento da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, as exportações de frango para Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes, Kuwait e Omã, que integram o bloco conhecido como Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e hospedam turistas para o mundial, avançaram 37,14% entre janeiro e outubro de 2022, para US$ 2,059 bilhões. Já as vendas de carne bovina ao CCG cresceram 30,87%, somando US$ 459,53 milhões. 

O Catar, país sede do mundial e o que recebeu a maioria dos turistas, registrou o maior crescimento nas exportações de aves. As vendas de frango ao país subiram 66,71% no período, para US$ 177,98 milhões. Os dados indicam ainda que os embarques subiram nos meses que antecederam o mundial. Em julho, agosto e setembro, o Brasil enviou uma média de 11,58 mil toneladas de frango por mês ao Catar. Entre janeiro e junho, a média foi de 7,99 mil toneladas. 

Tamer Mansour, secretário-geral da Câmara Árabe-Brasileira, destaca que a Copa do Mundo, o Mundial de Clubes nos Emirados Árabes, as provas da Fórmula 1 na região e a retomada da peregrinação às cidades sagradas da Arábia Saudita tiveram papel importante nas vendas de proteínas brasileiras.

Para o dirigente, esses eventos vêm atraindo um volume expressivo de turistas a todos os países do Golfo, movimentando a rede hoteleira e a venda de alimentos. “Em todos os países vendeu-se mais carnes brasileiras. Em quase todos houve aumento nos volumes, a despeito dos esforços árabes para ampliar a produção local de proteínas”, lembra Mansour.

Ainda de acordo com a entidade, as exportações do Brasil para os 22 países da Liga Árabe totalizaram US$ 14,47 bilhões no período, alta de 25,71%, com frango, açúcar, minério de ferro, milho, soja, carne bovina e trigo posicionados na dianteira da pauta de comércio. “Devemos ter um novo recorde de exportações em 2022”, prevê Mansour.