Apesar dos preços do milho no mercado interno terem se mantido estáveis em março, com queda de 1,1% considerando as cotações nos municípios de Unaí-MG, Sorriso-MT, Londrina-PR, Rio Verde-GO e Tupanciretã-RS, a tendência é de alta na maioria dos estados produtores. Essa é a avaliação do boletim “Custos e Preços”, divulgado esta semana pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O milho é considerado uma referência entre os cereais porque, além de servir para a alimentação humana, é base para a produção de proteína animal, compondo as rações de frangos, suínos e bovinos. Em comunicado divulgado ontem (5) pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o especialista em cereais Abdolreza Abbassian, disse que de todos os cereais em alta de preços, o milho é o que mais preocupa.
“Este ano necessitaríamos rendimentos acima da média, se não recorde, nos Estados Unidos para que melhore a situação do milho, mas o plantio está consideravelmente atrasado devido às condições de frio e umidade sobre a terra”, afirmou.
Em relação à alta geral dos preços internacionais dos grãos, a FAO disse que foram compensados pela queda no valor do açúcar, do arroz e de produtos lácteos, enquanto as carnes permaneceram em níveis estáveis. Segundo o diretor da Divisão de Comércio e Mercados da entidade, David Hallam, a volta dos preços a patamares anteriores é complicado.
“Com uma demanda que continua sendo elevada, as perspectivas para uma volta a preços mais normais dependem em grande parte de quanto será o aumento da produção em 2011 e de quanto as reservas de cereais serão repostas na nova temporada”.