A Brasil Foods informou não ter firmado “qualquer documento vinculante” com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)” e que vem negociando com o órgão um acordo que pode resultar em Termo de Compromisso de Desempenho (TCD), segundo comunicado enviado pela BRF ao mercado ontem (12/07).
A empresa contestou informações veiculadas sábado pelo jornal O Estado de S.Paulo, que afirmou baseado em fontes que a “BRF pode vender 50 por cento das fábricas do mercado interno” e de que o “Cade quer suspender a marca Perdigão”.
A BRF afirmou que, por ora, não há “qualquer ato ou fato relevante a ser divulgado ao mercado”.
“A companhia desconhece as fontes contatadas pelo renomado periódico para elaborar as matérias acima transcritas”, afirmou a BRF no comunicado.
Na segunda-feira, reportagem da Reuters baseada também em fontes informou que a BRF provavelmente será obrigada a aceitar uma solução mais restritiva para poder incorporar a Sadia, o que incluiria a venda de aproximadamente um terço de seus ativos, além da suspensão da marca Perdigão, por dois a três anos.
Procurada, a BRF não comentou a reportagem da Reuters.
“Considerando que essas tratativas não são conclusivas e que os termos e condições de um eventual TCD dependem da aprovação do Cade, somente após esse evento é que se poderá ter segurança sobre o conteúdo do referido instrumento”, acrescentou a companhia em um raro comentário sobre o caso.
Na quarta-feira, o Cade deverá julgar a incorporação da Sadia pela Perdigão, que resultou na BRF.
Por volta das 11h30 (horário de Brasília), as ações da BRF operavam em alta de 1,69 por cento, enquanto o Ibovespa subia 0,3 por cento.