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Biomassa

Governo viabiliza investimentos europeus em biomassa no Maranhão

Presidente da European Biomass Association (Aebiom), Gustav Melin, afirmou que empresários europeus estão interessados em investir na produção de bicombustíveis no Estado.

O vice-governador Washington Luiz Oliveira e o secretário de Estado de Minas e Energia, Ricardo Guterres, receberam o empresário europeu e comitiva no estande do Governo do Maranhão, instalado na 4ª Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustível, quando firmaram os primeiros ajustes que vão viabilizar os investimentos.

A feira está sendo realizada paralelamente ao 6º Congresso Internacional de Bioenergia, em Curitiba, e será encerrada nesta sexta-feira (19). Washington Luiz, presente na mesa de abertura do Congresso, falou das potencialidades do Maranhão na área de bioenergia e da política pública que a governadora Roseana Sarney está colocando em prática com o objetivo de atrair investimentos.

Oliveira anunciou que São Luís vai sediar, em agosto de 2012, ano em que a cidade completa 400 anos, o I Congresso Brasileiro de Energia Renovável. “Em nome da governadora Roseana Sarney, convido os senhores e senhoras a participarem”, convocou o vice-governador. O estante do Maranhão foi montado com o objetivo de divulgar o congresso.

De acordo com Guterres, o congresso no Paraná é uma referência para a realização do evento no Maranhão. “O maranhense terá espaço para a participação de empresas com atuação no desenvolvimento de produtos ou serviços voltados a energias renováveis, assim como aos patrocinadores, apoiadores técnicos, universidades, centros de pesquisa, prestadores de serviços e entidades ligadas ao tema principal do evento”, declarou.

A Aebiom, com sede em Bruxelas, está em atividade desde 1990. Tem como missão assegurar condições favoráveis de negócios para os seus membros no mercado de bioenergia sustentável. Reúne cerca de 80 empresas e 30 associações européias.

Gustav Melin disse aos representantes maranhenses que a intenção é investir na produção de pelets para exportação. Isso porque, segundo ele, a potencialidade da Europa produzir biomassas se esgotou e a demanda ainda é muito grande. Os pellets de biomassa são produzidos a partir de restos da produção industrial, combustão de material orgânico como celulose, sobras florestais, serragem e de atividades agrícolas, a exemplo de fibra de coco e de casca de arroz, material abundante no Maranhão. Na Europa já são muito usados em hotéis, padarias e restaurantes.

O secretário de Minas e Energia, Ricardo Guterres, explicou que vários fatores estão motivando os empresários europeus a planejarem investimentos no setor de biomassas no Maranhão. Um deles é a infraestrutura que já existe no estado, principalmente o Porto do Itaqui e a ferrovia Carajás.